Mário da Silveira Reis
(Cantor brasileiro)
1907 - 1981
Cantorbrasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, onde também faleceu, deixando envolto em mistério muitas das suas decisões relacionadas com sua passagem pela música popular brasileira. Filho de um comerciante sócio de uma casa de ferragens, de boa situação financeira, passou a infância no bairro carioca da Tijuca, cursando o primário e o secundário no Instituto Lafayette, e aos 15 anos jogava como meia-direita na equipe juvenil do América Futebol Clube. Começou a estudar violão com Carlos Lentine, e entrou para a Faculdade de Direito do Distrito Federal (1926), tempo em que conheceu Sinhô. Passou a tomar aulas de violão com o compositor, e este, impressionado com a interpretação que o aluno dava a seus sambas, convidou-o a tentar uma gravação. Estreou gravando Que vale a nota sem o carinho da mulher e Carinhos de vovô (1928), ambas de Sinhô, e acompanhado ao violão pelo autor e por Donga. Foi contratado pela Odeon, onde gravou outras músicas de Sinhô e bateu recordes de vendagem, ameaçando inclusive o prestigio de cantores famosos como Francisco Alves e Vicente Celestino. Interpretou o samba Vou à Penha (1929), a primeira composição gravada de Ari Barroso, seu colega de faculdade, e ainda desconhecido como autor. Mais tarde atuou na Rádio Clube e no famoso Programa Casé. Formado em direito (1930), não chegou a advogar, passando a trabalhar como fiscal de jogo (1933) quando passou a gravar pela Columbia elogo depois transferiu-se para a RCAVictor (1933). Passou a atuar na Rádio Mayrink Veiga (1933). Voltou a gravar pela Odeon (1935), mas seu prestigio começou a declinar, em parte por sua aversão a entrevistas, fotografias e aparições em público. Aceitou o cargo de oficial de gabinete da prefeitura do então Distrito Federal e abandonou a vida artística, aparecendo esporadicamente no cenário musical. Gravou em discos de 78 rpm 165 músicas sendo 98 na Odeon, 12 na antiga Columbia, 47 na Victor e 8 na Continental, muitos deles fazendo duetos com cantores famosos da época, com Francisco Alves e Carmem Miranda. Morreu no Rio de Janeiro, aos 74 anos, mas deixou o legado de se ser o primeiro inovador na música popular brasileira. Seus principais sucessos, em duetos ou sozinho, foram Dorinha, meu amor (1928), Jura (1928), O que será de mim (1931), Se você jurar (1931), Fita amarela (1932), Alô, alô (1933), Isto é lá com Santo Antonio (1934), Rasguei a minha fantasia (1934), Cadê Mimi (1935), entre muitos outros.
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