Januário de Oliveira Chirico
(Cantor e humorista brasileiro )1902 - 1963
Cantor e humorista brasileiro nascido no Catumbi, na cidade do Rio de Janeiro, conhecido como A Voz de Veludo, apelido ganho do radialista César Ladeira. Trabalhou como caixeiro e depois como alfaiate, enquanto nas horas vagas cantava, participava de serestas e animava festas como as do Clube Ginástico Português até estrear na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro e, posteriormente, na Rádio Clube do Brasil. Através do compositor Sinhô, participou em um espetáculo no Teatro Municipal de São Paulo (1929), promovido pelo Clube de Antropofagia em apoio à candidatura de Júlio Prestes à presidência. Seus primeiros discos foram gravados em São Paulo, na Columbia, onde gravou mais de 80 músicas. Resolvendo permanecer em São Paulo, cantou na Rádio Educadora Paulista, hoje Gazeta), na Rádio Record e Rádio Difusora. Passou para a gravadora Arte-Fone (1931) e mais tarde para a RCA Victor. Atuando como galã e cantando, participou do filme Fazendo fita (1935), de Vitório Capelaro. De volta a São Paulo (1938), após dois anos no Rio Grande do Seul, explorou seu lado cômico, apresentando-se em cassinos e ficando conhecido como o Humorista das Quatro Vozes, por suas imitações, cantando todas as quatro vozes de uma opereta: barítono, tenor, soprano e contralto. Interrompeu sua carreira artística (1949) tornando-se empresário de artistas e faleceu em São Paulo, SP, catorze anos depois. Sua discografia (1929-1938), totalizou 64 discos com 113 músicas, dentre elas os sucessos Chequerê (1929), Dezembro (1930), Engenho novo (1930), Macumba de Mangueira (1930), Bota o feijão no fogo (1930), Cauã (1930), Quebra, quebra gabiroba (1930), Meu destino (1934), Alma de violeiro (1936), Mulatinha da caserna (1936), Paulistinha querida (1936), Saudades da minha terra (1936) e Vá carregar piano (1936).
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