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Domenikos Theotokopoulus, o El Greco

(Pintor greco-italiano )
1541 - 1614


Pintor greco-italiano nascido em Cândia, posteriormente Heracléia, na ilha grega de Creta, que na época, pertencia a Veneza e foi lá que o artista ganhou o apelido de El Greco, como se tornaria conhecido, cujas cenas religiosas revelaram um pintor de grande espiritualidade e domínio técnico, embora as célebres figuras alongadas de seus quadros tenham se tornado objeto de muitas polêmicas. Há poucos dados sobre seus anos de formação, mas por causa da sua formação em Creta, pode-se afirmar seu estilo foi influenciado pela arte bizantina. Mudou-se para Veneza (1560) onde estudou com Ticiano técnicas da cor e da composição. Depois de pintar seus primeiros quadros, como Cristo expulsando os vendilhões do templo (1560-1565), e já famoso e respeitado como artista tornou-se protegido do cardeal Alessandro Farnese, em Roma. Estudou as obras de Michelangelo e, posteriormente, aceitou o convite para trabalhar na Espanha, na construção do mosteiro do Escorial, perto de Toledo, juntamente com outros pintores italianos. Na Espanha iniciou um romance (1576) com Jerónima de las Cuevas, com a qual nunca se casou realmente mas viveu com ela até o final da vida e teve um filho, que reconheceu oficialmente. No ano seguinte instalou-se definitivamente em Toledo, cidade onde que ficou ligada desde então à fama do pintor. Em Toledo pintou os retábulos da igreja de santo Domingo el Antiguo e O espólio (1577-1579) para a catedral da cidade. Para o Escorial realizou o famoso Martírio de são Maurício e de sua legião tebana (1580-1582). Recebeu encomendas para serviços junto a corte, mas as suas figuras alongadas no sentido vertical, deformações contrárias ao naturalismo clássico, desagradaram a Filipe II, que o afastou do núcleo de pintores da corte e provocou sua completa reclusão em Toledo, dedicando-se principalmente a pintura de retratos, como um dos mais conhecidos, Homem com a mão no peito (1580). Foi nesta fase que pintou seu quadro mais célebre, O Enterro do conde de Orgaz (1586-1588), para a igreja de São Tomé, em Toledo. A obra trouxe enorme prestígio para o pintor que não teve como atender sozinho e teve que criar um estúdio para atender às numerosas encomendas. Entre suas séries religiosas destacou-se a dos Apostolados (1602-1605), para a sacristia da catedral de Toledo. Morreu em Toledo, sendo sua última obra Adoração dos pastores ou Laocoonte (1610-1614). A força de suas cores e a grande espiritualidade existente em seus trabalhos, lhe trouxeram prestígio no mundo da arte e seus temas religiosos encontraram grande aceitação na sociedade, mesmo com o alongamento das suas figuras, o que para a época foi revolucionário e incomodou alguns. Atribui-se essa deformação a um defeito de visão, mas isso realmente não se pode afirmar com certeza, e vai permanecer para sempre como misteriosa.

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