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Theodor Heuss

(Político alemão )
1884 - 1963


Político alemão nascido na região em Brackenheim, Württemberg, o primeiro presidente da República Federal da Alemanha, o primeiro chefe de Estado alemão no pós-guerra. Estudou Economia e História da Arte em Munique e Berlim, e fez doutorado em Ciências Políticas. Foi redator-chefe do jornal Neckarzeitung, de Heilbronn, e professor de Política na Escola Superior Alemã, em Berlim, cargo do qual foi afastado pelos nazistas. Por 7 anos, durante a República de Weimar, foi o representante do Partido Democrático Alemão no parlamento, o Reichstag. Após a Guerra voltou a exercer o jornalismo (1945), sendo também secretário de Cultura em Baden e Württemberg, deputado estadual, presidente do Partido Liberal-Democrático e membro do Conselho Parlamentar. Eleito (1949) para um mandato de cinco anos, jurou à Constituição, em 12 de setembro e, apesar de todas as limitações impostas ao cargo pelo Conselho Parlamentar, conseguiu desempenhar um papel importante na reorganização política da Alemanha pós-guerra e na consolidação da nova democracia. O instrumento à disposição do chefe de Estado alemão é a palavra: em discussões, debates e pronunciamentos. Demonstrou maestria no uso deste instrumento, no dia 17 de junho (1953), quando aconteceu a revolta dos alemães orientais contra o sistema que os reprimia. Na época, o presidente alemão ocidental deixou claro, numa mensagem direta, a necessidade de conceder autonomia aos alemães orientais, na Alemanha de regime comunista. Disse para devolver aos alemães o direito natural de autonomia política e de liberdade que eles, germânicos, tinham perdido. Falou que para que estas tensões fossem eliminadas, para que o medo, o temor, a desconfiança e o ódio deixassem a pátria alemã os tedescos teriam que guerrear, lutar bravamente. O primeiro presidente alemão conseguiu, também, distanciar-se das sombras do passado, sem negar a responsabilidade atual e futura da Alemanha. Como no seu importante pronunciamento na inauguração de um monumento no local do ex-campo de concentração de Bergen-Belsen (1952), quando destacou a necessidade de uma “vergonha” em vez da “culpa” coletiva. Reeleito (1954), como único candidato, ficou mais 5 anos na presidência, sendo cada vez mais respeitado não só na Alemanha mais também em todo o mundo. Indicado para reeleger-se pela segunda vez, negou, pois não queria abrir precedentes. Retornou à vida privada (1959), ano em que foi agraciado com o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão. Passou a morar em Stuttgart (1959), cidade onde morreu quatro anos depois, em 12 de dezembro.

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