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Dario I, o Grande

(Um dos mais poderosos monarcas da Antigüidade)
550 - 486 a. C


Um dos mais poderosos monarcas da Antigüidade, soberano persa da dinastia aquemênida (522-486 a. C.), destacou-se como administrador, guerreiro e pelas campanhas fracassadas contra os gregos. Com a morte do rei Cambises II, filho de Ciro II, seu irmão Bardiya usurpou o trono. Segundo inscrições gravadas pelo próprio monarca na pedra de Behistun, ele conseguiu apoio de nobres persas para eliminar Bardiya alegando que este tinha sido assassinado e Gaumata, um mago, se fazia passar por ele. Assumiu o poder após derrotar a tentativa de usurpação do trono pela casta sacerdotal (521 a. C) e sufocou todos os focos de insurreição, já que em Susiana, Babilônia, Sagartia, Margiana e na própria Média os rebeldes ameaçavam estabelecer governos autônomos.Depois de restabelecer a ordem no império, empreendeu uma importante reforma administrativa. Implantou uma economia monetária que incentivou o comércio, tendo o dárico como unidade, e reestruturou o império, dividindo-o em vintesatrapias, unidades administrativas e jurídicas com governo autônomo, para facilitar a administração. Construiu estradas que ligavam as satrapias à cidade onde residia o soberano (a "estrada real", entre Sardes e Susa, tem 2.500 km). Criou-se também um eficiente sistema postal. Deu impulso à nova religião persa, baseada na doutrina de Zaratustra (ou Zoroastro, para os gregos), mas respeitou e protegeu os cultos locais. Iniciou, também, a construção dos palácios de Susa e Persépolis. Deu continuidade aos planos de hegemonia universal de Ciro, conquistou o Egito (518 a. C.), a região do Indo (513 a. C.), a Trácia e a Macedônia (512 a. C.), porém fracassou na tentativa de submeter os gregos que na defesa de seus interesses não se submeteram àpolítica expansionista dos persas. Segundo o historiador grego Heródoto, na primeira guerra médica (499 a. C.), Atenas apoiou a revolta das colônias jônicas da Anatólia, então sob domínio persa e, em represália, o soberano persa enviou contra os atenienses uma expedição comandada pelo general Mardônio (492 a. C). Sem sucesso uma segunda expedição, comandada por Datis, também fracassou. Finalmente, os atenienses, sob o comando de Milcíades, venceram os persas na famosa batalha de Maratona. Logo depois o soberano viajou para o Egito com a finalidade de sufocar uma revolta e lá morreu.

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