Maurício de Nassau
(Nobre alemão; militar e diplomata)
17-06-1604, Dillenburg
20-12-1679, Kleve
17 de junho. Nasce Johann Moritz von Nassau-Siegen na cidade de Dillenburg, perto de Frankfurt e Siegen, centro-oeste da Alemanha, como 13º filho de Johann von Nassau-Siegen e o primogênito de sua segunda esposa, Margarida von Schleswig Holstein, princesa de Holstein-Sonderburg da família real da Dinamarca. É importante diferencia-lo de seu primo Maurício de Nassau, conhecido como “O Taciturno”, filho de Guilherme, príncipe de Orange.
1606
A família Nassau muda-se para Siegen.
1614
Maurício de Nassau vai estudar na Universidade da Basiléia, na Suíça.
1615
Nassau prossegue seus estudos em Genebra.
1616
Nassau vai para Kassel, oeste da Alemanha, onde estuda no Collegium Mauritianum, que lecionava francês, italiano, espanhol, retórica, história, filosofia, teologia, astronomia e matemática, além de montaria, música, dança e esgrima. Aquele centro educacional havia sido criado por um seu cunhado, Maurício de Hesse-Kassel.
1621
03 de junho. É criada a Companhia das Índias Ocidentais ( West-Indische Compagnie ) com o monopólio do comércio da América, costa ocidental da África e Oceano Pacífico a leste das Molucas. O seu conselho de administração, composto por dezenove membros, era conhecido como Conselho dos Dezenove - Heeren XIX. Seu capital inicial era de 7 milhões de florins.
20 de agosto. Maurício de Nassau ingressa no exército da União das Sete Províncias dos Países Baixos ( Holanda, Frísia, Zelândia, Guerlândia, Utrecht, Brabante e Groninga ), com o posto de alferes de cavalaria..
1624
08 de maio. Os holandeses invadem a Bahia através da esquadra de 23 navios e 1.600 marujos do almirante Jacob Willekens, do vice-almirante Pieter Pieterzoon Heyn, e do comandante das tropas coronel Johan Van Dorth, com 1.700 homens.
1625
30 de março. Chega a Salvador, enviada por Felipe II, uma força de libertação conjunta luso-hispana com 52 navios, 11 barcos menores e aproximadamente 15.000 homens comandados pelo nobre espanhol Dom Fradique de Toledo y Osório. Reforços vindos de outras partes do Brasil também se juntaram às forças vindas da Europa. O episódio fica conhecido como a Jornada dos Vassalos.
01 de maio. Os invasores flamengos rendem-se às tropas aliadas.
Nassau participa da campanha militar de Breda, sudoeste holandês,.
1626
Nassau recebe promoção a capitão.
1629
23 de dezembro. Começa a partir do porto de Texel, na Holanda, em pequenos destacamentos, a esquadra de invasão ao Brasil.
Nassau atinge o posto de tenente-coronel. Após quatro anos é promovido a coronel.
1630
14 de fevereiro. Chega a Pau Amarelo, sob o comando do almirante Hendrick Corneliszoon Lonck, a força de invasão com 65 embarcações e 7.280 homens do general Theodoro Waerdenburch.
17 de fevereiro. Sem meios para defesa, Matias de Albuquerque manda queimar todo estoque de açúcar, bem como 24 navios do porto carregados além do açúcar, com algodão, tabaco e pau-brasil, para dificultar a entrada dos barcos flamengos no Recife.
04 de março. Por iniciativa de Matias de Albuquerque, começa a construção de uma fortificação na casa de Antônio de Abreu, que passaria a ser chamada de Arraial do Bom Jesus hoje, Sítio da Trindade.
1632
20 de abril. Domingos Fernades Calabar passa para o lado dos holandeses. Profundo conhecedor da região e das táticas de guerrilhas dos portugueses e aliados, leva os invasores a várias vitórias em toda a capitania e nas terras vizinhas.
Nassau participa ativamente da campanha de Maastricht e da tomada da fortaleza Schenckenshans numa ilha do Reno.
Nassau inicia a construção do seu palácio em Haia, projeto dos arquitetos Jacob van Campen e Pieter Post, depois conhecido como Mauritshuis ( casa de Maurício ) e Suikerhuis ( casa do açúcar ). Hoje é o museu denominado Koninklijk Kabinet van Schilderijen Mauritshuis ( Gabinete Real de Pinturas Mauritshuis ). As despesas com a construção atingiram 500.000 florins em avaliação da época.
1634
30 de dezembro. Tomada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves ( João Pessoa ) pelos invasores. Os refugiados seguem para o Arraial do Bom Jesus.
1635
06 de junho. Cai a Arraial do Bom Jesus após um cerco de três meses e três dias, sem mais nenhum mantimento ou munição.
19 de julho. As tropas de Matias de Albuquerque, em conjunto com os fugidos do Arraial do Bom Jesus tomam o povoado de Porto Calvo, até então sob comando do major holandes Alexandre Picard. Os vencedores exigem a entrega dos desertores Domingos Calabar e do judeu Manuel de Castro. Este último é condenado ao enforcamento de imediato.
22 de julho. Calabar é julgado sumariamente e condenado à morte por garroteamento. Seus restos mortais são expostos na estacada da povoação.
1636
Nassau conquista a fortaleza de Schenken, próximo a Koblenz no vale do rio Reno.
04 de agosto. Maurício de Nassau presta juramento e é nomeado Governador Geral do Brasil Holandês por um período de cinco anos. Ele irá receber o soldo de 1.500 florins, 6.000 florins para despesas pessoais e 2% sobre as presas de guerra obtidas no Brasil, sem contar seu soldo de coronel do exército holandês. O título oficial era: Governador e Capitão General de Terra e Mar.
25 de outubro. Nassau inicia sua viagem para o Brasil numa frota de quatro embarcações ( Zuphel, Adão e Eva, Senhor de Nassau e Pernambuco ) saídas do porto de Texel. Além dos 350 soldados, traz cientistas, artistas, arquitetos e engenheiros, entre os quais o latinista e poeta Franciscus Plante, o médico e naturalista Willem Piso, o astrônomo e naturalista Georg Marcgrave, o médico Willem van Milaenen, e os pintores Frans Post e Albert Eckhout.
1637
23 de janeiro. A frota de Nassau chega ao Recife.
05 de fevereiro. As tropas de Nassau marcham para Porto Calvo/AL a fim de combater as forças do Conde de Bagnuoli, que contavam com 4.000 homens entre portugueses, espanhois e nativos.
18 de fevereiro. Começa a batalha pela posse de Porto Calvo.
05 de março. Após duas semanas de lutas, os portugueses se rendem aos invasores, que se apoderam de grande quantidade de armas e equipamentos. Apesar das poucas baixas holandesas, morre o irmão mais moço de Nassau, Carlos von Nassau. A força holandesa persegue os remanescentes até o Rio São Francisco, em Penedo, onde é construido o Forte Mauritz.
Nassau inicia a organização da administração da província, principalmente da economia açucareira, pois os engenhos estavam quase que totalmente improdutivos por conta da guerra entre lusos e flamengos.
25 de junho. Devido a falta de escravos para os engenhos de cana de açúcar, fugidos por causa da guerra entre holandeses e portugueses, Nassau envia uma expedição de nove navios para a Guiné, na África, sob comando do coronel Hans van Koin, para trazer mais negros para Pernambuco. Depois de cinco dias de duros combates com as forças portuguesas, os holandeses tomam o forte de Elmina o mais importante da chamada “Costa do Ouro”.
1638
08 de abril. Sob ordens da Cia. das Índias, os holandeses partem do Recife com uma esquadra de 36 navios, 3.600 soldados e 1.000 índios tentando ocupar o território da Bahia. Após tomar os fortes de Santo Alberto, São Filipe e São Bartolomeu na região da baia de Todos os Santos, os invasores encontram-se novamente com o conde Bagnuoli que comanda a defesa de Salvador por designação do governador Pedro da Silva.
17 de maio. Após intenso bombardeio da artilharia holandesa e apesar do comando pessoal de Nassau na linha de frente do assalto, os defensores conseguem manter a cidade livre, lutando com bravura e aproveitando o início da estação das chuvas, infringindo grandes baixas às tropas flamengas.
25 de maio. A força holandesa embarca de retorno ao Recife.
20 de dezembro. Observado por Georg Marcgrave no Recife o eclipse total da Lua, provavelmente, o primeiro registro astronômico das Américas.
1640
09 de maio. Maurício de Nassau apresenta um pedido oficial de exoneração, alegando ser mais útil como coronel do que como governador. Seu pedido é negado.
01 de dezembro. Deflagrada a revolução restauradora que separa Portugal da Espanha, juntos como União Ibérica desde 1581, elevando ao trono o duque de Bragança, D. João IV, descendente por linhagem materna da antiga Casa Real de Borgonha. Os portugueses passam a ser aliados da Holanda, antigos inimigos da Espanha.
1641
14 de março. Aporta no Recife caravela portuguesa conduzindo o novo Vice Rei Dom Jorge de Mascarenhas, marquês de Montalvão, sucessor de D. Fernando de Mascarenhas, para fazer a comunicação oficial a Maurício de Nassau dos acontecimentos ocorridos entre Portugal e Espanha e com uma proposta de armistício.
maio. Os Estados Gerais, órgão administrativo da República das Províncias Unidas dos Países Baixos, enviam em auxílio a Portugal uma esquadra de guerra a Lisboa, ao mesmo tempo que ordenam a Nassau que amplie ao máximo o território holandês no Brasil enquanto aguarda as negociações de paz.
30 de maio. Tendo convencido os dirigentes da Cia. Das Índias de que era mais vantajoso atacar Angola, por conta dos escravos, do que a Bahia, Nassau envia uma força de invasão à África com 20 navios e mais de 4.000 homens.
12 de julho. Portugal e Holanda acertam o Tratado de Aliança Defensiva e Ofensiva, mas ambas as partes não cumprem o acordo com relação às colônias lusas no Brasil e África.
Concluída a construção da primeira sinagoga das Américas no Recife.
1642
janeiro. Chega o novo governador-geral do Brasil, Dom Antônio Telles da Silva, que substitui D. Jorge de Mascarenhas.
01 de maio. Viaja para a Holanda o secretário particular de Nassau, Johan Cart Tolner, levando um longo relatório à Assembléia dos Estados Gerais.
27 de julho. É permitido a Tolner ler o relatório na Assembléia, destacando-se: a quantidade de soldados disponíveis no Brasil, sendo 3.064 entre Sergipe e Ceará e 1.779 para Maranhão, São Tomé e Angola; a restrição da liberdade religiosa aos portugueses; a oferta de uma comissão à Nassau pelos portugueses e judeus sobre a produção de açúcar em caso de sua permanência no comando da colônia e finalmente sobre a situação da dívida dos senhores de engenho com a C.I.O.
setembro. Concluída a construção do Palácio de Friburgo ( Vrijburg ), também conhecido como Palácio das Torres, residência oficial de Nassau. Ao seu redor foram construídos viveiros de peixes, um jardim botânico, e um zoológico. Estava localizado na região hoje ocupada pelo Palácio do Campo das Princesas, Teatro Santa Isabel e Praça da República.
Aberta a primeira sinagoga do Recife.
1643
22 de maio. Descontentes com a administração de Nassau pelos baixos lucros e a perda da província do Maranhão, os Estados Gerais decidem pela volta dele para a Holanda.
Nassau constroi o Palácio da Boa Vista ( Schoonzit ) como sua residência privada. O nome é escolhido pelas belas paisagens que se podia observar ao seu redor. Hoje, no local, existe o Convento do Carmo.
1644
28 de fevereiro. Inaugurada a ponte ligando o Recife à Cidade Maurícia ( Mauritsstadt ), na Ilha de Antônio Vaz, hoje bairro de Santo Antônio. Foi a primeira ponte de grandes dimensões do Brasil com 318 metros de extenção.
06 de maio. Maurício de Nassau entrega seu cargo de Governador-Geral do Brasil Holandês ao Alto Conselho. Deixa um manuscrito que seria uma espécie de testamento político onde, entre outras sugestões, destacam-se: ser tolerante com a prática dos cultos religiosos; cobrar mas, sem rigor excessivo, as dívidas dos senhores de engenho; severa disciplina militar porém, pagamento regular dos soldos e fornecimento adequado dos equipamentos e armas à tropa; apuração rigorosa das queixas apresentadas pelos portugueses à administração holandesa e controlar cuidadosamente a correspondência entre o clero católico das províncias conquistadas e o da cidade de Salvador.
11 de maio. Nassau deixa o Recife com sua comitiva, seguindo para Olinda, Itamaracá e depois para a Paraíba. Pelo caminho vai recebendo o reconhecimento da população.
13 de maio. Nassau parte para o porto de Texel na Holanda em uma frota de 13 navios, saindo do porto de Cabedelo no mesmo barco que o trouxe ao Brasil, o Zutphen. À sua partida acorreu verdadeira multidão e além da salva de artilharia foi tocado o hino nacional Wilhelmus Van Nassauwen.
12 de agosto. Maurício de Nassau apresenta suas contas à Assembléia dos Estados Gerais em Haia. Desliga-se da C.I.O. e retorna ao seu cargo de coronel do exército da União.
20 de setembro. Nassau volta à Assembleia em Haia onde faz várias sugestões, dentre as quais: conquistar todas as colônias espanholas na América do Sul a fim de manter e fortalecer as possesões no Brasil e ser mais sensato na cobrança das dívidas da Cia. das Índias Ocidentais contra os comerciantes do Brasil para não leva-los a falência.
outubro. Com a morte do general Stakenbroek, Nassau é promovido a tenente-general da cavalaria dos Estados Gerais.
dezembro. Nassau é designado como governador de Wezel, participando das ações militares na guerra de 1645 e 1646, sob as ordens do príncipe Frederico Henrique.
1645
03 de agosto. Vitória das tropas luso-brasileiras sobre os holandeses, comandados por Hendrick van Haus, na batalha do Monte das Tabocas em Vitória de Santo Antão.
17 de agosto. Nova vitória das tropas aliadas, agora no engenho Casa Forte, de propriedade de D. Ana Paes, cuja casa havia sido transformada em fortaleza pelos holandeses.
1647
20 de abril. O historiador e poeta belga Gaspar Barlaeus publica em Amsterdan o livro História dos Feitos Praticados Durante Oito Anos no Brasil e Outras Partes ( Rerum per octenium in Brasilia et alibi nuper gestarum, Sub Praefectura Illustrissimi Comitis I. Mavritii Nassoviae ), onde descreve a administração de Nassau no Brasil. É considerado o melhor livro publicado sobre o período colonial brasileiro. Originalmente escrito em latim, foi traduzido para o alemão em 1659.
A Cia. das Índias Ocidentais convida outra vez Nassau para o cargo de Governador-Geral do Brasil mas, ele recusa a oferta.
novembro. Nassau passa a servir também no exército do príncipe-eleitor de Brademburg na Alemanha, devido ao casamento entre Frederico Guilherme e Luísa Henriqueta, da Casa de Orange.
1648
Voltando para a Holanda e com o patrocínio de Nassau, o médico Wilhelm Piso publica o livro Historia Naturalis Brasiliae, que viria a servir de inspiração aos trabalhos dos naturalistas Alexander von Humbold e Geoffrey Saint-Hilaire.
19 de abril. Primeira batalha dos Guararapes. As tropas de Sigemundt Von Schkopp partem do Recife com o objetivo de atacar Muribeca centro abastecedor de mantimentos do Arraial Novo do Bom Jesus. O mestre-de-campo, general Francisco Barreto de Menezes, toma conhecimento dos planos de Schkopp, e posiciona suas tropas nos Montes Guararapes para dar combate aos holandeses no caminho para Muribeca, contando em seu efetivo com João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe Camarão. Apesar da artilharia holandesa, as tropas aliadas conseguem se impor, causando graves ferimentos em Schkopp, que retorna ao Recife com os sobreviventes, onde permanecem sob sítio dos revoltosos.
1649
janeiro. O rei da Inglaterra, Carlos I é executado, sendo abolido o regime monárquico. Parte de sua família vai viver na Holanda, inclusive seus filhos Carlos II e os duques de York e Gloucester, que por algum tempo são hospedes de Nassau.
18 de fevereiro. Segunda batalha dos Guararapes. Com o fracasso das negociações entre o rei D. João IV e o Conselho dos XIX, os diretores da Cia. das Índias Ocidentais ordenam ao novo comandante no Recife, o coronel Van den Brink, que rompa o cerco e ataque as tropas de Barreto de Menezes nos Guararapes. As tropas aliadas contornam o monte e atacam a retaguarda holandesa que procura resistir mas, são batidos e fogem, deixando para trás grande quantidade de armas e equipamentos, inclusive artilharia. Entre os mortos do lado flamengo estão, o coronel Van den Brink, o vice-almirante Giesseling e o chefe dos índios tapuias Pero Poty.
1652
Em Praga, elevado pelo Imperador Fernando III, Maurício de Nassau torna-se principe do império ( Reichsfürst ).
Nassau é sagrado mestre-cavaleiro da Ordem de São João em Brademburg, ordem medieval com sede na ilha de Malta, chamada de Joanitas, em cerimônia realizada no castelo de Sonnemburg.
1654
24 de janeiro. O Governo do Brasil-Holandes sitiado no Recife e Mauritsstad manda uma comissão para negociar a paz com os comandantes das tropas aliadas.
26 de janeiro. Os holandeses capitulam assinando o termo de rendição na Campina do Taborda. No dia seguinte, as tropas de Barreto de Menezes entram no Recife. Foram entregues também pelos holandeses as localidades da Ilha de Itamaracá, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Nassau presenteia o rei Frederico III da Dinamarca com 26 pinturas a óleo, além de outros objetos.
1657
Estimulados pela paz com a Inglaterra e a fraqueza do trono luso, os holandeses voltam a exigir da coroa portuguesa a devolução das possessões no Brasil, Angola e São Tomé.
Nassau participa como representante do principe Leopoldo, da Boêmia e Hungria, e do arquiduque da Áustria, das negociações para a sucessão do imperador Fernando III no trono do Sacro Império Romano.
23 de outubro. As Províncias Unidas declaram guerra a Portugal.
1661
20 de julho. Como representante do Grande-Eleitor de Brademburg, Nassau consegue a assinatura de um tratado com o novo rei da Inglaterra, Carlos II. Maurício de Nassau também tinha a missão de contratar o casamento de Carlos II com a princesa Maria de Orange mas, esse objetivo não teve exito.
06 de agosto. É assinada a Paz de Haia, onde a Holanda reconhece o domínio português sobre as terras nordestinas no Brasil e Angola na África. Portugal paga 4 milhões de cruzados, equivalentes na época a 63 toneladas de ouro, como indenização à Holanda, num período de quarenta anos, em prestações anuais. Este valor foi pago, quase que em sua totalidade, com o recém descoberto ouro da região de Minas Gerais.
1663
abril. Publicado formalmente o tratado de paz de Haia.
1667
Maurício de Nassau é nomeado marechal-de-campo da Holanda.
1674
Nassau ocupa o cargo de governador de Utrecht.
O príncipe Nassau retira-se da vida pública.
1676
Nassau, já enfermo, vai viver no ducado de Kleve, Alemanha, onde era governador ( stadhouder ).
1678
10 de dezembro. Nassau envia carta ao rei Luis XIV da França oferecendo-lhe uma coleção de 18 quadros do Brasil.
1679
20 de dezembro. Morre João Maurício de Nassau nos arredores da cidade de Kleve, na propriedade rural denominada Berg-und-Tal ( Monte e Vale ). Seus restos mortais foram posteriormente transladados para Siegen.
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