Guilherme I o Taciturno, Príncipe de Orange e conde de Nassau
(Príncipe revolucionário e libertador germânico )1533 - 1584
Príncipe revolucionário e libertador germânico nascido em Dillenburg, Nassau, atual Alemanha, líder da revolta dos Países Baixos contra o domínio espanhol e o catolicismo e fundador das Províncias Unidas dos Países Baixos, a República da Holanda, e foi seu primeiro dirigente, stadholder. De fé luterana, aos 11 anos, herdou de um primo a riqueza conjunta das casas Nassau-Breda e de Chalon-Orange, o que fez com que Carlos V tomasse sua guarda, para ser educado na nova pátria como católico. Sem perder suas raízes protestantes, estudou em Breda e Bruxelas e casou-se (1551) com a condessa Anne de Egmond-Buren, o que lhe trouxe mais títulos de nobreza, principalmente na Holanda. Viúvo (1558), casaria outras três vezes (1561 / 1575 / 1583). Nacionalista, descartou as funções sociais, militares e diplomáticas dele esperadas na corte de Carlos V e, mais tarde, de Filipe II, filho e sucessor do imperador como rei da Espanha e da Borgonha. Ainda aliado a Antoine Perrenot de Granvelle, bispo de Arras, e o duque de Alba, posteriormente seus inimigos, negociou o Tratado de Cateau-Cambrésis (1559), que encerrou uma prolongada rivalidade entre Borgonha-Habsburgo e a França, libertou da ocupação francesa seu principado de Orange e tornou os Países Baixos acessíveis aos pregadores calvinistas. Foi indicado por Filipe II para integrar o seu Conselho de Estado (1555) e, antes de partir para a Espanha, indicou-o para stadholder na Holanda, Zelândia e Utrecht (1559), depois no Franco-Condado (1561). A partir de então (1561) entrou em conflito com o rei e sua política da administração de Bruxelas. Perseguido pelo duque de Alba, ele e nobres foram obrigados a deixaram o país (1567) e tiveram suas posses confiscadas. Com o seu filho deportado para a Espanha., partiu para a ação militar. Foi proclamado (1572) stadholder pelos estados da Holanda e por mais cinco anos liderou a resistência contra a Espanha. Enfim conseguiu a Pacificação de Ghent (1576) e à União de Bruxelas (1577) e recuperou suas propriedades. Os conflitos religiosos ainda permaneciam dificultando a união das 17 províncias em torno de um governo central dos Países Baixos e, aproveitando-se da situação,.Filipe II declarou ilegais suas atividades (1579) e ofereceu uma recompensa por seu assassinato. Após sofrer um atentado em Antuérpia (1582), retirou-se para a Holanda, onde morreu, em Delft, assassinado por um católico fanático.
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