Eugène Ionesco
(Dramaturgo francês de origem romena)
26-11-1909, Slatina
28-3-1994, Paris
Ionesco levou para os palcos sua visão de mundo como algo caótico e incompreensível, criando o "teatro do absurdo", que revolucionou a dramaturgia. O tema central de sua obra é a destruição da capacidade de comunicação cotidiana, causa da impossibilidade de conseguir um "mundo são". No primeiro drama em um ato, A Cantora Careca (1949), sua obra mais representada, assim como em trabalhos posteriores, as discussões surgem num ambiente tranqüilo, mas desencadeiam agressões e catástrofe final. Ionesco representa o absurdo: as figuras evoluem como marionetes e a linguagem esgota-se em jogos de palavras estereotipados, que anulam qualquer possibilidade de comunicação. Tornou-se o mais famoso dos dramaturgos em 1956, quando Jean Anouilh considerou a peça As Cadeiras (1952) uma obra-prima. Em 1970, Ionesco foi admitido na Academia Francesa. Outras obras importantes são O Rinoceronte (1960), La Peste (1967), Journal en miettes (1967) e o romance Le solitaire (1973).
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