Ludwig Josef Wittgenstein
(Filósofo britânico de origem austríaca)
26-4-1889, Viena, Áustria
29-4-1951, Cambridge, Reino Unido
Wittgenstein, principal representante da filosofia analítica e da corrente pragmática, viveu a partir de 1908 na Grã-Bretanha, onde estudou Matemática e Filosofia com Bertrand Russel. Depois de terminar o seu primeiro grande tratado filosófico, Tractatus Logico-Philosophicus (1920), abandonou o culto à filosofia, doou a sua herança familiar e tornou-se sucessivamente professor numa aldeia e jardineiro num mosteiro, regressando a Cambridge apenas em 1929. Adquiriu então a nacionalidade britânica, obtendo uma cátedra em 1939, embora isso não o tenha feito renunciar ao seu modo de vida simples. Após sua participação como voluntário na Segunda Guerra Mundial, integrando os serviços de saúde, regressou a Cambridge. Poucos anos depois, abandonou a cátedra e transferiu-se para a Irlanda, onde prosseguiu as suas pesquisas. O Tractatus, sua única obra publicada em vida, é um dos mais importantes textos filosóficos do século XX. Aí, Wittgenstein ocupa-se da essência do mundo e da realidade. Para ele, ambos os conceitos são coisas ou circunstâncias, de natureza simples ou complexa, que remetem umas às outras. A linguagem teria um comportamento estrutural similar. A construção lógica do mundo só pode, portanto, basear-se na construção de um modelo lingüístico ideal. Wittgenstein foi, contudo, acumulando gradualmente sérias dúvidas sobre a sua própria construção teórica e, mais tarde, na sua obra Investigações Filosóficas, publicada postumamente (1953), o modelo lingüístico já não é o ponto central da análise, mas antes a investigação dos múltiplos níveis da linguagem cotidiana. Os âmbitos ou formas em que se materializam as palavras a partir de seus diferentes significados passaram a ser denominados jogos da linguagem. A função da filosofia seria precisamente descobrir esses jogos para explicar a razão da utilização das palavras. Outras obras editadas após sua morte são Comentários sobre os Fundamentos da Matemática (1956), Os Cadernos Azul e Castanho (1958) e Gramática Filosófica (1969).
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