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Pedro Calmon Moniz de Bittencourt

(Jornalista, político, ensaísta, historiador e biógrafo brasileiro )
1902 - 1985


Jornalista, político, ensaísta, historiador e biógrafo brasileiro nascido em Amargosa, Estaado da Bahia, destaque como professor e administrador na área educacional. Filho de Pedro Calmon Freire Bittencourt e Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt, teve educação primária e secundária no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio da Bahia (1914-1919) e ingressou na Faculdade de Direito da Bahia (1920), onde cursou por dois anos até se transferir para o Rio de Janeiro (1922), para secretariar a Comissão Promotora dos Congressos do Centenário da Independência, continuando seus estudos na Universidade do Rio de Janeiro, diplomando-se dois anos mais tarde (1924). Foi secretário particular do ministro da Agricultura no governo Artur Bernardes, habilitando-se (1925) no concurso de provas para conservador do Museu Histórico Nacional, realizando ali, ampla reforma administrativa, criando também a cadeira de História da Civilização Brasileira, para a qual escreveu um livro com o mesmo título. Estreou na Tribuna do Instituto Histórico (1926) como orador na comemoração do 3° centenário de emancipação da Bahia do domínio holandês, tornando-se sócio efetivo (1931), orador oficial (1938-1968), passando a presidente (1968) e sócio grande-benemérito. Ingressou na política como deputado estadual da Bahia (1927/1930) e foi eleito deputado federal (1935). Entrou por concurso como livre docente em Direito Público Constitucional na antiga Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (1934), onde também foi diretor (1938-1948), tornou-se catedrático (1949) e foi reitor (1948-1966). Ministro da Educação e Saúde (1950-1951) no período final do governo Eurico Gaspar Dutra, voltou a ocupar o cargo, por diversas vezes, interinamente. Membro da Academia Brasileira de Letras, eleito (1936) para a Cadeira n. 16, na sucessão de Félix Pacheco, e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, dos quais foi presidente. Também se tornou professor da cadeira de História da Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal (1935), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1940) e da Faculdade de Filosofia da Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro, e catedrático (1955) de Historia do Brasil do Colégio Pedro II com a tese de concurso sobre a análise da documentação inédita acerca das minas de prata. Pela atividade no magistério superior, recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutor honoris causa das Universidades de Coimbra, Quito, Nova York, de San Marcos e da Universidade Nacional do México e professor honorário da Universidade da Bahia. Membro de várias instituições científicas nacionais e internacionais, publicou cerca de 50 obras, nas áreas de Biografia e Literatura Histórica e História e Direito, além de contribuições na Revista da Academia Brasileira de Letras e na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, além de crônicas na Revista O Cruzeiro, e morreu no Rio de Janeiro, aos 82 anos de idade. Sua obra, como historiador e biógrafo, é vasta e muito respeitada e nela citam-se Direito de propriedade (1926), História da Bahia (1927), o romance histórico O Romance de Belchior (1929), Anchieta, o santo do Brasil (1930), Vida e amores de Castro Alves (1935), História Social do Brasil (1935), Curso de Direito Constitucional (1937), História do Brasil, 5 vol (1939/1941/1943/1947/1955), História do Brasil na poesia do povo (1941), A vida de Castro Alves (1947), História da literatura baiana (1949), História de D. Pedro II, 5 vols (1975), entre outros.

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