Gustavo Dodt Barroso
(Advogado, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista brasileiro )
1888 - 1959
Advogado, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista brasileiro nascido em Fortaleza, no Ceará, fundou e primeiro diretor do Museu Histórico Nacional. Filho de Antônio Filinto Barroso e de Ana Dodt Barroso, estudou nos externatos São José, Parthenon Cearense e Liceu do Ceará e iniciou o curso de direito na Faculdade Livre de Direito do Ceará, bacharelando-se (1911) pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi redator do Jornal do Ceará (1908-1909) e do Jornal do Commercio (1911-1913) e professor da Escola de Menores, da Polícia do Distrito Federal (1910-1912) e tornou-se diretor da revista Fon-Fon (1916). Na política foi secretário da Superintendência da Defesa da Borracha, no Rio de Janeiro (1913), secretário do Interior e da Justiça do Ceará (1914), deputado federal pelo Ceará (1915-1918), secretário da Delegação Brasileira à Conferência da Paz de Venezuela (1918-1919) e inspetor escolar do Distrito Federal (1919-1922), Tornou-se diretor do Museu Histórico Nacional (1922) e secretário geral da Junta de Jurisconsultos Americanos (1927). Representou o Brasil em várias missões diplomáticas, entre as quais a Comissão Internacional de Monumentos Históricos, criada pela Liga das Nações, e a Exposição Comemorativa dos Centenários de Portugal (1940-1941). Ainda na política, também participou do movimento integralista, embora não concordasse com o rumo dos acontecimentos posteriores (1937). Eleito em 8 de março (1923) para a cadeira no 19 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de D. Silvério Gomes Pimenta, foi seu Presidente (1932-1933 / 1949-1950) e faleceu no Rio de Janeiro. Em sua vasta obra são exemplos: em contos, crônicas e novelas regionais - Praias e várzeas (1915) e Mulheres de Paris (1933); romances - Tição do inferno (1926) e A senhora de pangim (1932); folclore, crítica, erudição e filologia - Casa de marimbondos (1921) e Mythes, contes et legendes des indiens du Brésil (1930); história, ensaios e episódios - Históricos como tratado de paz (1919), Antes do bolchevismo (1923), En el tiempo de los zares (1924), História secreta do Brasil, 3 vols. (1936, 1937 e 1938), Portugal - semente de impérios (1943); história regional e biografias - Heróis e bandidos. Os cangaceiros do nordeste (1917) e Caxias (1945); língua e dicionário - A ortografia oficial (1931) e Pequeno dicionário popular brasileiro (1938); memórias e viagens - Liceu do Ceará (1941) e Seca, meca e olivais de Santarém, descrições e viagens (1947); pensamento - Luz e pó (1932); política - O integralismo de norte a sul (1934) e Corporativismo, cristianismo e comunismo (1938).
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