Martim Afonso de Sousa
(Militar e administrador português )
1500 - 1564
Militar e administrador português nascido em Vila Viçosa, figura colonial fundamental na expulsão dos franceses das costas brasileiras e na consolidação do império colonial de Portugal. De origem nobre, foi companheiro de infância do príncipe real, que seria mais tarde D. João III. Estudou com o matemático e cosmógrafo Pedro Nunes e completou sua educação na França. Recebeu o comando da expedição armada (1530), com cinco navios e quase 400 homens, entre eles seu irmão Pero Lopes de Sousa nas funções de piloto e imediato, para expulsar os franceses nas costas do Brasil. Com poderes específicos conferidos pelo rei, com direito a governar as terras que descobrisse e inteira jurisdição sobre as pessoas nelas encontradas, chegou a Pernambuco. Apresou três navios franceses carregados de pau-brasil, enviou Diogo Leite para explorar o litoral do Maranhão, e seguiu para o sul. Na baía de Todos os Santos, encontrou Diogo Álvares Correia, o Caramuru, a quem deu sementes européias. Aportou na baía de Guanabara (1531), onde durante três meses, construiu dois bergantins para exploração de rios e recolheu mantimentos para um ano. Fundeado em Cananéia, enviou para o interior uma bandeira de quase cem homens, que foram trucidados pelos índios carijós. Prosseguiu viagem para o sul e naufragou junto ao cabo de Santa Maria, mas conseguiu se salvar e deu ordens para que Lopes prosseguisse para explorar a foz do rio da Prata e tomasse posse da região para Portugal. Aportou em São Vicente (1532), porto que servia como centro de comércio de índios escravos e fundou a vila de São Vicente. Seguiu para o interior e fundou a vila de Piratininga, às margens do rio de mesmo nome. Distribuiu sesmarias aos colonos e deu início ao cultivo de cana-de-açúcar, entre outros produtos agrícolas. Retornou a Portugal (1533) e, no mesmo ano, foi nomeado governador-mor do mar da Índia, posto em que teve atuação destacada contra indianos, turcos e piratas. Ainda na Índia, foi nomeado (1534) de donatário da capitania hereditária de São Vicente, porém jamais tomou posse, embora tenha passado pelas costas do Brasil mais três vezes (1539, 1541 e 1546). Aposentado como administrador tornou-se membro do Conselho de Estado e morreu em Lisboa.
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