Jean Baptiste Debret
(Pintor e ilustrador francês)
18/04/1768, Paris (França)
11/06/1848, Paris (França)
Formado pela Academia de Belas Artes de Paris, Jean Baptiste Debret, foi um dos membros da Missão Artística Francesa ao Brasil, organizada a pedido do rei dom João 6º. Liderada por Joachim Lebreton, a missão era composta também pelo arquiteto Charles-Simon Pradier, e pelo paisagista Nicolas-Antonine Taunay e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay.
Debret era primo de Jacques-Louis David (1748-1825), chefe da escola neoclássica francesa, com quem estudou. O estilo de David, marcado pela preocupação de formar um caráter nacional, está presente nas telas de Debret. Como pintor oficial do Império, ele desenhou a bandeira do Brasil com a cor verde e o losango amarelo que permaneceram na bandeira republicana.
Debret chegou ao Rio de Janeiro em Março de 1816 e ficou no Brasil até 1831. Ele decidira deixar a vida confortável em Paris por causa da derrota de Napoleão e a perda de seu único filho.
Seu trabalho retrata o cotidiano, o processo de independência do Brasil e os primeiros anos do governo de Pedro I. Uma de suas obras mais conhecidas é um quadro de dom João em tamanho real.
Além de pintar retratos da família real, como uma grande tela sobre a coroação de dom Pedro 1º., ele lecionou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1829 montou a primeira exposição de artes do Brasil, com os trabalhos dos alunos.
Após regressar à França, publicou entre 1834 e 1839, uma série de gravuras reunidas em três volumes. A preocupação documental do artista é evidente nas páginas da "Voyage Pitoresque et Historique au Brésil ou Séjour d'un Artiste Français au Brésil" (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil ou Estadia dum Artista Francês no Brasil).
Com um colorido harmonioso, a obra tem um enfoque historiográfico e procura traçar um painel do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos poucos registros dos usos e costumes do Brasil nos primeiros anos do século 18. Com sua bagagem neoclássica, Debret eternizou as cenas de uma sociedade barroca e injusta.
Sem o seu trabalho, não haveria imagens mostrando o sofrimento dos escravos ou como era a vida da população brasileira nas ruas e até mesmo em suas casas. Desenhista atento às questões sociais, o artista conferiu também dignidade aos índios que retratou.
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