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Gustav Mahler

(Compositor e maestro austríaco)
7-7-1860, Kalischt, Boêmia (atual Polônia)
18-5-1911, Viena


Apesar de ter sua obra reconhecida apenas nos anos 60, Mahler foi um compositor dos mais importantes. Para isso contribuíram as gravações de Leonard Bernstein, um de seus sucessores à frente da Filarmônica de Nova York, assim como biografias, escritas por Theodor W. Adorno e Otto Klemperer, publicadas na década de 60. A última contribuição para sua redescoberta foi a utilização do Adagietto de sua quinta sinfonia como parte da trilha sonora do filme Morte em Veneza, de Luchino Visconti (1970). A música de Mahler é impregnada de romantismo, mas possui novas tendências. Suas composições seguem a linha de Anton Bruckner e Beethoven. Autor quase exclusivo de lieder e sinfonias, suas canções orquestrais inspiraram-se em textos de Friedrich Rückert (Canções das Crianças Mortas, 1904), em seus próprios versos (Canções de um Viandante, 1885) e em textos extraídos para Des Knaben Wunderhorn (1883). Compôs dez sinfonias, sendo que a última foi completada por Deryck Cooke, um investigador britânico, em 1964. As quatro primeiras sinfonias tinham canções populares para interpretação de solistas ou coro. A quinta, sexta e sétima são instrumentais. A estréia, em 1910, da oitava Sinfonia dos Mil, dirigida por ele mesmo, precisou de dois coros e um terceiro de vozes brancas, oito vozes solistas, órgão e orquestra. Não pôde assistir à estréia de sua nona sinfonia, a que melhor reflete a transição para um novo conceito de música. Mahler foi um apreciado intérprete de obras clássicas. Trabalhando como diretor artístico da Ópera da corte imperial e como diretor da Filarmônica de Nova York, sua atividade caracterizou-se por disciplina, pela construção de um magnífico conjunto coral e por uma direção revolucionária; Mahler trouxe uma nova idade de ouro ao classicismo vienense. Em 1907, abandonou Viena para se instalar em Nova York.

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