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SERGIO BRITTO

(Diretor , Ator, Médico)
1923-


No dia 29 de junho de 1923, filho do engenheiro Lauro Correia de Britto e dona Alzira, nasceu o menino Sergio, na cidade do Rio de Janeiro. Estudioso, bonito, inteligente, o garoto sofreu uma influência “subliminar”, que o encaminhou para estudar Medicina. Após uma infância tranqüila, ele entrou para a Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha. Depois de receber o diploma, e quando já estava se encaminhando para a obstetrícia, Sergio Britto começou a divergir de seus colegas, que só pensavam num sucesso financeiro. Verdade que, enquanto estudante, adorava atuar no Pronto-Socorro do Hospital Souza Aguiar. Mas as falhas humanas que presenciava na medicina, feriram fundo seu coração. Foi quando foi convidado por Jerusa Camões, que era dona do Teatro Universitário para o grupo amador. Após hesitar, aceitou, e foi ser colega de Sergio Cardoso, Edmundo Lopes, Sonia Oiticica e outros. Era o ano de 1945. Quando foi em 47, conheceu Pascoal Carlos Magno, no famoso Teatro do Estudante e lá fez “Hamlet”, com Sergio Cardoso. Essa peça perturbou a cabeça do jovem médico, que percebeu que havia nascido para ser artista. E foi assim que fundou uma companhia profissional, com Sergio Cardoso e mais colegas. O grupo se chamou ”Teatro dos 12”. Em 1950 foi do Rio para São Paulo trabalhar com Madalena Nicol. Foi para a Televisão Tupi de São Paulo, ao lado dessa atriz, que também traduzia e adaptava peças para a televisão. Era o Grande Teatro Tupi, que acontecia às segundas feiras a noite. Ali foram levados grandes textos, como “Tereza Raquin”; “Manequim”. Sergio Britto logo passou a dirigir esses espetáculos e a se tornar diretor, além de ator. Sergio, que amava muito cinema, adaptou-se logo à nova técnica de representar. Em 1956, voltou para o Rio de Janeiro, com o Teatro Brasileiro de Comédia. Em São Paulo, tinha feito Teatro de Arena e Teatro Maria Della Costa. O TBC, porém, era o grande teatro da época. E lá fez: “Casa de Chá do Luar de Agosto”, entre outras peças. Fundou depois o “Teatro dos 7”, com Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Ítalo Rossi e Rato. O adaptador das peças era Manoel Carlos, e o grande autor era Nelson Rodrigues. Ficando sempre entre teatro e televisão, Sergio Britto fez sempre sucesso nos dois meios de comunicação. Na TV Excelsior de São Paulo, entre outros trabalhos, dirigiu a grande novela “A Muralha” e também “Sangue do meu sangue”, com muito sucesso. Dirigiu ainda o “Bibi”, com Bibi Ferreira. Ao mesmo tempo fazia teatro, sua grande paixão. Fez “Balcão”, de Victor Garcia. Na TV Globo fez: “Super Manoela”; “Olhai os lírios do campo”; “Escalada”; “Paraíso”. Na TV Manchete fez “Dona Beija”; “Marquesa de Santos”; “Pantanal” e "Xica da Silva”. Fundou o Teatro SENAC, onde fez: “O marido vai à caça”; “Fim de jogo”; “Entre quatro paredes”; “A noite dos campeões”; “Os filhos de Kennedy”. Depois Sergio Britto fundou o “Teatro dos 4”, como sempre com sua mania de números. E os quatro, que eram três, pareciam os três mosqueteiros e trabalharam juntos desde 1978. Durante quinze anos produziram dezessete espetáculos de teatro da maior importância, entre os quais: “Os viciados”; “Assim é se lhe parece”; “Tio Vânia”; “O jardim das cerejeiras”, e muitas outras. Sergio também fez cinema, mas esporadicamente, e ele diz que o cinema ficou para ele sempre como uma saudade, uma coisa que não aconteceu. Na TV Record de São Paulo foi diretor e ator em novelas, como: “Vidas Cruzadas” - grande sucesso. Sergio Britto, como ele mesmo diz, é um ser movido pelo amor. E esse amor está em tudo o que faz e o que fez em sua longa e completa carreira artística, com quase 60 anos. Sergio Britto é um vitorioso.

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