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RENATO CONSORTE

(Ator)
1924-


Descendente de italianos, nascidos na região de Abuzzos, Renato Consorte nasceu no centro da capital paulistana, a 27 de outubro de 1924, mais precisamente na Rua Aurora, naquela época um local aristocrático. Estudou na famosa Caetano de Campos e, já moço, queria fazer medicina, mas foi influenciado por Ibrahin Nobre para fazer Direito. Entrou na Faculdade do Largo de São Francisco. Não terminou jamais a faculdade, pois ele gostava mesmo era de música, de fazer graça, de se apresentar num palco. Fez parte da “Caravana Artística XI de Agosto”, da Faculdade e viajou por todo o interior, cantando, representando. Suas gaiatices ficaram famosas, e ele inventou uma fala “de araque”, isto é, que ele falava sem nada dizer . Era o maior brincalhão. Mas tinha realmente jeito para o palco. E foi assistido por Alda Garrido, quando fazia dublagem do famoso cantor americano Bing Crosby. Ele não aceitou o convite que ela lhe fez, pois ainda estava convicto de que queria ser advogado. Em seguida conheceu Inezita Barroso, a grande cantora, e Paulo Autran. Não resistiu. Era tentação demais. Acabou sendo “jubilado” da Faculdade, quando já estava no 4º ano, e sendo contratado pelo T.B.C. (Teatro Brasileiro de Comédia). E foi também para a Vera Cruz, grande empresa cinematográfica brasileira, onde fez 18 filmes. Foi um dos primeiros funcionários contratados pela Vera Cruz. Continuava, porém no teatro, e já na televisão. A Record tinha sido inaugurada, e ele cantava, dançava, representava, e era ainda apresentador de programas. Foi do elenco da famosa série “Família Trapo”. Logo transferiu-se para o Rio de Janeiro, para o T.B.C. carioca. Passou para a TV Rio e participou do quadro humorístico “Seu Obturado” , junto com Walter D’Ávila. Na TV Tupi do Rio fez “Gabriela, Cravo e Canela”, por volta de 1960. Mas era irriquieto, o jovem paulistano. Voltou para São Paulo, para a TV Bandeirantes e para a TV Paulista. À seguir, na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Na TV Paulista ficou famosa uma apresentação sua, em que dançava e regia a Orquestra Sinfônica . Como não sabia ler música, teve que decorar toda a partitura, o que conseguiu em poucos dias. Era “bom de orelha”, como diz o próprio Renato. Esteve ainda na TV Cultura, nos anos 70 e fez a novela “Meu pedacinho de chão”, de Benedito Ruy Barbosa. Era free-lancer na maior parte das vezes. E como já tinha casado e constituído família, mantinha apartamento alugado no Rio, para levar para lá a esposa e os filhos, que já tinham nascido. Na TV Tupi de São Paulo, entre outros programas, fez “Papai Coração”. E, na Manchete, anos depois, fez a novela “Ana Raio e Zé Trovão”. Claro que passou pela Excelsior de São Paulo, na grande novela “Um certo Capitão Rodrigo”, no papel de Padre Lara. Fez muita coisa também na TV Globo, sendo também produtor e diretor de programas. Mas o teatro continuava a ser sua paixão maior. Fez: “Assim é se lhe parece”, “Bonito como um Deus”, “Música, divina música”, “Peguei um ita no Norte”, e inúmeras outras peças, sendo que fez um sucesso estrondoso em “Porca Miséria”, de Marcos Caruso e Jandira Martini, que ficou sete anos e meio em cartaz e que viajou o Brasil inteiro. Também da Vera Cruz nunca se afastou, tanto que há quinze anos cuida de seu acervo para a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Seu material cenográfico, com todos os filmes que ali foram feitos, estão no Museu da Imagem e do Som, de São Paulo. Atuando até hoje, o incansável, irrequieto, extrovertido Renato Consorte, tem um profundo respeito por Deus, pois como ele mesmo diz: “Tive um encontro com Ele, quando o avião em que eu estava caiu e eu me salvei com 60% do corpo queimado, e muitos ossos expostos. É por isso que digo que Deus é o Supremo, é a força total, é o apoio absoluto. Sendo assim, tudo o que quero é ser bom, ser alegre e fazer o meu próximo feliz”.

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