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EVA WILMA

(Atriz)
1933-


Filha de Otto Riefle Jr. e de Luiza Carp, alemães da Floresta Negra, Eva Wilma nasceu em São Paulo, Capital, a 14 de dezembro de 1933. Estudou em boas escolas. Seus pais estimulavam a educação artística e ela estudou piano, canto, violão e balé. Por este ela se apaixonou. Como, porém, era a época da 2ª Guerra Mundial, o pai que era gerente geral de uma fábrica, perdeu o emprego e as despesas tiveram que ser cortadas. Vivinha, era esse seu apelido, ficou com o balé e logo passou a tomar aulas com a professora Maria Oleneva. O piano teve que ser vendido, mas a garota conseguiu e fez questão de não abrir mão das aulas de bailado. Entrou para o grupo “Feira Flutuante” de Oleneva, que saia em um navio flutuante, fazendo toda a costa brasileira. Assim a garota teve seu primeiro contato com o público e gostou muito. Era muito esforçada. Já maiorzinha conheceu John Herbert, que quis namorá-la e ela o acompanhou um dia à Companhia Vera Cruz. Ali foi convidada para uma pequena participação em um filme de Luciano Salce. Começava, de forma modesta, a sua carreira de atriz. Na mesma ocasião formava-se o Teatro de Arena, e ela também foi convidada para o teatro. E, por incrível que pareça, foi ainda chamada para a TV Tupi, por Cassiano Gabus Mendes, para estrelar um pequeno seriado “Namorados de São Paulo”, que mais tarde passou a se chamar “Alô Doçura”, e que esteve no ar por mais de dez anos. Após assinar os três contratos: televisão, teatro e cinema, Eva Wilma nunca mais parou e sua carreira foi um grande sucesso. No teatro fez: “Uma mulher e três palhaços”, “Lição de Botânica”, “Sem entrada e sem mais nada”, “A megera domada”, “O Santo inquérito”, “Oh! Que delícia de guerra”, “Rapazes da Banda”, “Putz”, “Pequenos Assassinatos”, “Um bonde chamado desejo”, “Desencontros clandestinos”, todos sob direção de grandes nomes, como: Antunes Filho, José Renato, Paulo Autran. Fez inúmeras outras peças, mas foi com “Black-out”, em que ela fazia uma cega, que se percebeu a verdadeira e grande atriz que ela era. Foi indicada para vários prêmios, mas não ganhou. O que só veio a acontecer anos depois, quando fez “Querida Mamãe”, com direção de José Wilker. Ali ela arrebanhou todos os prêmios possíveis e imagináveis, como que um pagamento retroativo às grandes interpretações que ela teve nos anos anteriores, pois no total, fez 30 peças de teatro. Em cinema também fez inúmeros filmes, sendo os que ela mais gosta: “Cidade Ameaçada”, “A ilha”, “São Paulo S.A.”, “Asa Branca – Um sonho Brasileiro”, “Feliz Ano Velho”. Como atriz de cinema ganhou mais de dez prêmios, tanto em São Paulo, como em outros estados do Brasil. Em televisão, no entanto, é que sua carreira foi intensa. Ao todo fez mais de trinta novelas, tanto em S.Paulo como no Rio de Janeiro. Pode-se salientar: “Meu pé de laranja lima”, “A revolta dos anjos”, “A viagem”, “Mulheres de areia”, onde fazia os papéis de duas irmãs gêmeas, uma boa e outra má, de forma admirável. Quando se ligou inteiramente à TV Globo, depois de ter passado pelas TV Tupi e TV Cultura de São Paulo, Eva Wilma teve seu nome reconhecido por todo o público brasileiro. Entre outras fez as novelas: “Plumas e Paetês”, “Ciranda de Pedra”, “Guerra dos Sexos”, “Roda de Fogo”, Sassaricando”, “O Rei do Gado”, “A Indomada”, onde fez a inacreditável Maria Altiva, quando assombrou todo o país por sua grandiosa interpretação. E, em 1998 e 1999 fez o magnífico seriado “Mulher”, como a doce Dra. Marta, médica e humana criatura. Apesar dessa carreira tão extensa e densa, Eva Wilma é ainda uma excelente dona de casa, mãe exemplar e esposa prestativa. Foi casada com John Herbert, com quem teve dois filhos, e está casada com Carlos Zara, que tem por ela uma verdadeira adoração. É ela quem produz os almoços dominicais, as festas familiares, e como resultado consegue ter uma linda família. Doce, bonita, inteligente, iluminada. Todos os elogios são poucos para se descrever Eva Wilma, carinhosamente chamada entre os mais íntimos, por Vivinha.


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