Mauro Borja Lopes, o Borjalo
(Cartunista brasileiro )1925 - 2004
Cartunista brasileiro nascido em Martinho Campos, hoje Velho do Taipa, Pitangui, Minas Gerais, pioneiro e considerado um dos mais importantes e criativos da história da Globo. Filho de Manoel Antonio e Helena Navarro, conheceu a televisão por intermédio do jornalista Fernando Barbosa Lima. Nos anos 60, trabalhou na agência de publicidade Esquire, de Barbosa Lima, e antes de entrar na Globo, produziu para a TV Rio, Excelsior e TV Itacolomi, esta em Belo Horizonte. Com Barbosa Lima, participou da criação do Jornal de Vanguarda, exibido pela Excelsior, Tupi e TV Rio, fazendo bonecos para o famoso telejornal. Ganhou fama com seus bonecos sem boca e sem palavras, que correram o mundo com sua assinatura. Ingressou na Globo (1966) a convite de Walter Clark para ocupar o cargo de diretor de produção e programação onde ficou até a chegada de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni (1967), quando passou a assistente do próprio Boni. Criou a vinheta que deu origem ao famoso plim-plim global, que intercala a exibição de filmes com comerciais. A vinheta, segundo Boni, representava o diafragma de uma máquina fotográfica que se abria e fechava. Também foi criador da zebrinha que anunciava os resultados da Loteria Esportiva no Fantástico. Assessor da central de criação, também desenhava ilustrações de vinhetas de animação do plim-plim, e participou de alguma maneira de todas as novelas da Globo produzidas durante sua vida na emissora (1966-2003). Por exemplo, foi ele quem escalou a atriz Lucélia Santos como a protagonista de um dos maiores sucessos internacionais da emissora: a novela A Escrava Isaura (1976). Com Walter Clark, liderou o time que transformou a então insignificante Globo na maior rede de televisão do país e, ao lado de Daniel Filho e Renato Pacote, formou o tripé de criação da Vênus Platinada. Morreu no Rio de Janeiro em 18 de novembro, três dias depois de completar 79 anos, de falência múltipla dos órgãos em decorrência de câncer na boca que o fez ficar internado por seis meses no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio. Durante esse período, voltou para casa apenas uma vez, por dez dias. O corpo do homem que se auto definia um poeta do cartum foi velado na capela sete do Memorial do Carmo, no Caju, zona norte do Rio e, sobre o caixão, foi colocada uma flâmula do Botafogo, time pelo qual torcia. Seu corpo foi cremado no cemitério do Caju, na zona norte, numa cerimônia em que participaram apenas familiares e amigos mais próximos. Com um traço genial e um grande contador de histórias, figurou entre os cartunistas brasileiros de sua geração como um dos mais criativos. Foi assessor da central de criação da Globo até o dia de sua morte. Deixou viúva Marilu Saldanha Borja Lopes, casada com o cartunista (1960), e dois filhos, a saber, Helena e Gustavo Borja Lopes. .
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