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Eugênio de Meneses e Vasconcelos Drummond Furtado de Mendonça , o Lúcio de Mendonça

(Advogado, jornalista, magistrado, contista e poeta brasileiro )
1854 - 1909


Advogado, jornalista, magistrado, contista e poeta brasileiro nascido em Piraí, RJ, um dos idealistas da criação da Academia Brasileira de Letras, cabendo-lhe a Cadeira nº 11, patronada pelo poeta Fagundes Varela. Sexto filho de Salvador Furtado de Mendonça e de Amália de Menezes Drummond, ficou órfão de pai aos cinco anos e foi criado em São Gonçalo de Sapucaí, MG, em casa de parentes. Autodidata, aprendeu a ler e escrever praticamente sozinho e aos 16 anos matriculou-se no Colégio Pimentel, em São Gonçalo. Convidado pelo irmão Salvador de Mendonça, diretor do jornal O Ipiranga, foi para São Paulo (1871) e entrou para a Faculdade de Direito, ao mesmo tempo em que iniciava suas atividades poéticas e publicando trabalhos no jornal dirigido pelo irmão. Envolvido em protestos estudantis foi suspenso por dois anos e voltou ao Rio. Depois trabalhou para o jornal A República e publicou seu primeiro livro Névoas matutinas (1872), com prefácio de Machado de Assis. De volta à São Paulo (1873) e novamente matriculado na Faculdade de Direito, publicou seu segundo livro, Alvoradas, e entrou para a redação do jornal Província de São Paulo Diplomado (1878), regressou ao Rio e, por motivo de doença, foi para São Gonçalo de Sapucaí. Casou-se (1880) com Dona Marieta Batista Pinto, e foi nomeado delegado da Inspetoria Geral da Instrução Pública da Província de Minas no Distrito de São Gonçalo. Foi eleito vereador da Câmara de São Gonçalo, exercendo a vereança por cinco anos. Mudou-se para Valença (1885), onde advogou e depois (1888), transferiu-se para o Rio onde trabalhou para O Paiz. Republicano convicto, com a proclamação da República, foi nomeado secretário do ministro da Justiça, passando (1890), a Curador Fiscal das Massas Falidas no Distrito Federal, e posteriormente tornou-se Ministro do Supremo Tribunal Federal (1995). Mesmo depois de ministro do Supremo, não deixou o jornalismo, e, sob o pseudônimo de Juvenal Gavarni, publicou, na Gazeta de Notícias, uma série de sátiras políticas, envolvendo notáveis políticos da época. Amigo de José Veríssimo, Machado de Assis, Joaquim Nabuco e outros representantes da literatura brasileira, veio-lhe a idéia de criar a Academia Brasileira de Letras, e assim ficou conhecido pelos criadores da instituição, como seu verdadeiro fundador, o Pai da Academia. Ainda foi nomeado Procurador Geral da República (1901) e aposentou-se (1907) quando a visão já não mais permitia-lhe trabalhar. Viajou para a Europa, indo à Itália e à Alemanha, a fim de obter cura para sua enfermidade, porém dois anos depois morreu completamente cego, na sua chácara da Gávea, na cidade do Rio de Janeiro. Em sua obra destacaram-se Névoas matutinas, poesia (1872), Esboços e perfis, contos (1889), Canções de outono, poesia (1896), Páginas jurídicas, estudos, pareceres e decisões (1903) e A caminho, propaganda republicana (1905), além de uma tradução Estudos de Direito Constitucional, de E. Boutmy (1896).

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