Júlio Frederico Koeler
(Arquiteto alemão )1804 - 1847
Arquiteto alemão e naturalizado brasileiro (1831) nascido na cidade de Mognúncia, grão-ducado de Hesse, projetista da planta urbana de Petrópolis e considerado o pioneiro na arquitetura, engenharia e urbanismo no Brasil. Logo após ter saído do exército prussiano, como Alferes, emigrou para o Brasil (1828) e casou-se na Catedral de Niterói com uma brasileira (1830), D. Maria do Carmo Rebelo de Lamare, com licença da Igreja, devido ao noivo ser protestante e a noiva católica. Dessa união nasceu Rodrigo de Lamare Koeler. Depois de fazer testes na Academia Militar do Rio de Janeiro, foi admitido como 1º tenente do Corpo de Engenharia do Exército Imperial. Afastado do Exército por problemas meramente políticos, já que D. Pedro II foi obrigado a afastar do Exército Imperial os batalhões estrangeiros, foi contratado para ser Engenheiro Civil na Província do Rio de Janeiro. Depois de se naturalizar brasileiro (1833), voltou para o Exército Imperial. Arrendou (1843-1846) uma fazenda do Córrego Seco, propriedade particular de D. Pedro II, onde fundou uma colônia de europeus com um plano urbanístico de sua autoria que originaria a cidade de Petrópolis, RJ, e passaria a residir até sua morte. Iniciou então a construção do palácio imperial, hoje Museu Imperial, e trabalhou na abertura da estrada de Praia Grande, hoje Niterói, RJ, a Campos dos Goitacases, RJ, e na estrada da serra da Estrela e fez um levantamento topográfico do Rio de Janeiro (1834). Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul e oficial-major da Casa Imperial, foi nomeado superintendente da Imperial Fazenda de Petrópolis (1846). Participou do projeto da primeira linha férrea do Brasil, a Rio-Petrópolis, promovida pelo barão de Mauá (1854), e da estrada União e Indústria, iniciativa de Mariano Procópio, entre a raiz da serra, hoje Inhomirim, RJ, e Juiz de Fora, MG (1851-1861). Faleceu vítima de um lamentável acidente de tiro ao alvo, na Chácara da Terra Santa, de sua propriedade, em Petrópolis, RJ.
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