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Mario Giovanni Zandomeneghi, o Mário Zan

(Acordeonista ítalo-brasileiro )
1920 - 2006


Acordeonista ítalo-brasileiro nascido em Roncade, Veneza, considerado um dos sanfoneiros mais importantes do Brasil, autor da música que é um hino nacional da região do Pantanal, Chalana (1940), em parceria com Arlindo Pinto, e do Hino do 4º Centenário de São Paulo (1954). Quando ele tinha quatro anos, seus pais, Seu José, que trabalhava em olaria e vinhedo, e dona Ema, vieram morar no Brasil e foram morar em Santa Adélia, perto de Catanduva, interior do estado de São Paulo. Aos 12 anos, quando já tocava habilmente o acordeão, mudou-se para as imediações do Museu do Ipiranga. Aos 13, estreou como sanfoneiro profissional e desde então, em mais de 70 anos de carreira, compôs centenas de músicas, gravadas e regravadas por cantores como Sérgio Reis, Roberto Carlos, Almir Satter e outros, gravou 300 discos de 78 rotações, 110 LPs e mais de 50 CDs. O primeiro meio de comunicação que conheceu sua sanfona foi Rádio Record, quando entrou na emissora, onde pediu para tocarem suas músicas e saí de lá 33 anos depois. Nessa época, um locutor ouviu a batida inconfundível dele nos teclados e ficou encantado. Em seu programa de rádio do Rio de Janeiro, declarou existir um sanfoneiro em São Paulo que fazia verdadeira música brasileira. O nome do locutor era Ary Barroso (1903-1964), o criador de Aquarela do Brasil. Conhecido como o compositor do hino dos 400 anos de uma cidade de São Paulo que já vendeu mais de 10 milhões de cópias até hoje, foi lançado em disco em 78 rpm e, naquele ano, vendeu mais exemplares do que havia de vitrolas no Brasil. Nos 450 anos da cidade fez outro hino e, então, a prefeitura deu-lhe o título de cidadão honorário na virada do ano (2003-2004), em cerimônia na avenida Paulista. E outro CD, que já está à venda. Casado pela terceira vez, pai de três filhos e duas filhas, e autor de sucessos nacionais e internacionais, tornou-se um dos melhores acordeonistas do Brasil, tendo se tornado extremamente popular pelas composições das canções das festas juninas paulistas como a Quadrilha Completa, Balão Bonito, Noites de Junho ou Pula a Fogueira. Depois de 15 dias internado com problemas pulmonares e sentir no estômago os efeitos colaterais das medicações, morreu aos 86 anos ainda na ativa, após uma parada cardíaca, no Hospital dos Sorocabanos, em São Paulo. O velório foi na Assembléia Legislativa e o sepultamento no Cemitério da Consolação, cumprindo um de seus últimos desejos que era ser enterrado em frente ao túmulo da Marquesa de Santos. Reconhecido internacionalmente, tem seu nome e retrato expostos no Museu de Artes de Frankfurt, Alemanha, ao lado de grandes instrumentistas de todos os tempos. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, disse uma vez que ele era o verdadeiro Rei da sanfona. Foi tema do enredo da escola de samba Rosas de Ouro (2002).

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