Clara González de Behringer
( Advogada, educadora, política e grande líder feminista )1900 - 1990
Advogada, educadora, política e grande líder feminista panamenha nascida província de Chiriquí, incansável lutadora pelo direitos femininos em seu país. Cursou a Escuela Normal obtendo o grau de professora primária (1918) e entrou para a Escuela Nacional de Derecho (1919). Assim tornou-se a primeira mulher do país a obter o título de Licenciada en Derecho (1922), embora não pudesse exercer sua profissão pelos dois anos seguintes, até que a lei nacional 55/1924 permitisse o direito do exercício da advocacia pelas mulheres, graças a sua luta, iniciada com sua tese de graduação La Mujer ante el Derecho Panameño (1922). Junto com Sara Sotillo, Enriqueta Morales, Sara Barrera, Rosa Navas, Elida Campodónico de Crespo e muitas outras mulheres formaram um movimento feminino que se denominou Renovación (1922), para tornar mais vigorosa a participação política feminina na sociedade. Com o objetivo de acabar com o preconceito de que a mulher no sabía nada de política e que no podía ejercer correctamente su derecho al voto criaram a Escuela de Cultura Femenina (1923-1930), onde se estudava política, história, civismo e outras matérias de interesse para o desenvolvimento profissional e social das mulheres. O movimente resultou na fundação do Partido Nacional Feminista (1924), agremiação que lutou durante duas décadas pela igualdade legal e política das mulheres e por sua emancipação social, cultural econômica. Viajou aos Estados Unidos para prosseguir seus estudos na Universidade de Nova York (1920) e obteve o doutorado em leis (1929), tornando-se a primeira mulher latino-americana com este título. Voltou ao seu país e continuou sua incansável luta pala independência feminina, especialmente pelo direito do voto. Casou-se (1940) com o engenheiro norte-americano, Charles Behringer, que trabalhava na Zona del Canal, mas a união não teve descendência. Fundou em 30 de dezembro (1944) o Partido Unión Nacional de Mujeres que teve uma destacada atuação política nos anos seguintes. Foi candidata pelo Partido Liberal Renovador, a deputada da Asamblea Constituyente e exerceu (1945-1946) o cargo de Vice-ministra de Trabajo, Previsión Social y Salud Pública. Finalmente graças ao grande trabalho dessa extraordinária panamenha e suas companheiras, suas conterrâneas obtiveram parcialmente o direito ao voto e a igualdade de direitos políticos (1946). No ano seguinte tornou-se a primeira mulher a postular uma candidatura a segunda vice-presidência, pelo Partido Renovador. Com a criação do Titular de Menores (1951), também tornou-se a primeira mulher a ser nomeada Juíza de Menores (1951-1964). Depois de uma vida dedicada cotidianamente aos mais desfavorecidos, principalmente mulheres e crianças, a Clarita dos panamenhos, aposentou-se da vida pública (1964) e morreu em 11 de fevereiro (1990), aos exatos 89 anos e cinco meses de idade.
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