Manuel Bandeira
(Poeta e escritor brasileiro)
19/04/1886, Recife (PE)
13/10/1968, Rio de Janeiro (RJ)
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho é um dos maiores nomes da poesia moderna brasileira. Natural do Recife (PE), transferiu-se aos 10 anos com a família para o Rio de Janeiro, onde cursou o secundário no Externato do Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, bacharelando-se em Letras. Interrompeu os estudos de Engenharia na Escola Politécnica de São Paulo em 1904 devido à tuberculose. Apesar de viver até aos 82 anos, a quebra de sua rotina de vida pela manifestação da doença, até então fatal, marcou o início de sua produção literária. Em 1917, influenciado pela poesia simbolista e pós-simbolista da Europa, onde passou por estações de cura, publicou seu primeiro livro: A Cinza das Horas. Seu segundo livro de poemas, Carnaval (1919), diferentemente do primeiro que sugere uma busca da simplicidade, caracteriza-se pela liberdade de composição rítmica e afirma o autor como pioneiro do modernismo. No livro figura o famoso poema Os Sapos, sátira ao parnasianismo, que veio a ser declamado, três anos depois, durante a Semana de Arte Moderna de 1922. Bandeira não participou diretamente da Semana, mas mantinha amizade com os modernistas e colaborou nas revistas Klaxon, Antropofagia, Lanterna Verde, Terra Roxa e A Revista. Exerceu também as atividades de inspetor de ensino, professor, cronista, crítico de artes plásticas, de literatura, de música e de cinema e historiador literário. Outros livros famosos são: Libertinagem (1930), Estrela da Manhã (1936), Opus 10 (1952) e Estrela da Tarde (1963). Pertenceu à Academia Brasileira de Letras (eleito em 1940). Morreu no Rio de Janeiro como anunciado em seu poema A Antônio Nobre: (...) Com que magoado olhar, magoado espanto/revejo em teu destino o meu destino!/Essa dor de tossir bebendo o ar fino,/A esmoecer e desejando tanto.../Mas tu dormiste em paz como as crianças./Sorriu a Glória às tuas esperanças/E beijou-te na boca... O lindo som!/(...).
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