Ruhollah Khomeini
(Dirigente da República)17-5-1900, Khomein (próximo de Isfahan)
3-6-1989, Teerã
Rohollah Mussawi Hendi, filho de uma família xiita de classe média, estudou Teologia e tornou-se aiatolá em Qum. Terminada a Segunda Guerra Mundial, organizou revoltas contra o xá Mohamed Reza Pahlevi, que restringira a influência e a posse de terras por parte dos "mulás" (sacerdotes muçulmanos) e promovera reformas baseadas em costumes ocidentais. Khomeini associou a doutrina do Islã a exigências políticas e sociais, fundando o moderno fundamentalismo islâmico. Após graves distúrbios em 1963, foi deportado para a Turquia. Do exílio (na Turquia, no Iraque e na França), organizou a resistência contra Reza Pahlevi, que culminou na Revolução Iraniana. Após a vitória, em 1979 regressou a seu país para proclamar a República Islâmica do Irã. Depois de aprovar, nas urnas, uma Constituição que sancionava a posição privilegiada do Islã no poder, Khomeini se tornou a mais alta autoridade do Estado. Como Vali-e-Faghik ("o governante iluminado por Deus"), tinha o direito de tomar a última decisão em todas as questões políticas e religiosas. Visando converter o mundo islâmico numa unidade teocrática que fizesse frente ao comunismo e ao capitalismo ocidental, pôs em prática uma política radicalmente antiamericana, que ficou patente com a tomada de reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerã (1979-1980). Também entrou em conflito com a União Soviética. A primeira Guerra do Golfo (1980-1988), que Khomeini chamou de "guerra santa", contra o Iraque sunita de Sadam Hussein, tinha interesses econômicos no petróleo do Cusistão, região administrativa iraniana. Poucos meses antes de sua morte, Khomeini lançou um libelo contra o escritor Salman Rushdie, declarando-o culpado de blasfêmia e condenando-o à morte por sua obra Versos Satânicos, em 1988. Hashemi Ali Akbar Rafsanjani foi seu sucessor no poder.
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