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LYBA FRIDMAN

(Jornalista)
1926-


Lyba Fridman nasceu em 21 de outubro de 1926, em uma pequena cidade da Polônia, filha de Saul Malamud e Sara Fridman. O pai era romeno e a mãe polonesa. Eram comunistas e judeus. Com isso tiveram dificuldades, perseguições e optaram pela vinda “para a América”. Lyba era pouco mais que um bebê, quando chegou ao Brasil. Foi ela que, ao aprender a falar, foi ensinando português à mãe, que tinha formação universitária, mas que tinha que trabalhar muito para manter-se e à filha, nos primeiros tempos, pois estava sozinha na cidade de Santos. O pai veio depois para o Brasil e logo se separou de Sara, a esposa. Mas mesmo no Brasil, Sara ligou-se à Aliança Nacional Libertadora, que era dirigida por Luiz Carlos Prestes, principal líder comunista do Brasil. Sara usava o codinome de Sofia. Um dia Sofia foi procurada pela polícia. Mas, já prevendo, ela fugiu com a filha Lyba, indo para o Uruguai de onde voltou tempos depois. Isso, essas dificuldades, fizeram com que Lyba não pudesse obter formação regular. Foi uma autodidata, mas gostava tanto de ler, que bem jovem tornou-se uma garota muito culta e inteligente. Começou a escrever e, mais tarde, tornou-se jornalista. Em garota, porém, foi operária, bordadeira de máquina industrial. Nas horas vagas estudava e aprendeu datilografia, o que lhe foi útil, quando aos 20 anos, saiu de casa e veio para a capital paulista. Pensou ser médica, após completar o Curso de Madureza. Chegou a entrar, mas desistiu, ao ver uma “coisinhas”, dentro de uns vasos. Eram pedaços de corpo humano. Lyba desistiu de tudo e resolveu realmente ser jornalista. Ligou-se a um grupo de jovens judeus e ali colaborou para a feitura da revista “O Reflexo”. Foi o começo de tudo. Gostava também de cinema e logo conheceu Silas Roberg, que era da Televisão Tupi, e com quem Lyba veio a se casar e com quem teve um filho. Lyba foi uma das primeiras repórteres brasileiras. Eram poucas as colegas do mesmo sexo. Lyba começou a se especializar em televisão. Trabalhou no Jornal “Última Hora”, no “O Tempo”, no “Diário da Noite” . Foi para a Revista “A Radiolândia”, onde ficou responsável pelo caderno de televisão. Seu trabalho era estar nas emissoras da época, que eram a TV Tupi, TV Paulista e TV Record e escrever sobre os acontecimentos. Com isso Lyba, aos poucos, foi se inteirando de tudo o que acontecia na televisão, passando também a fazer amizade com todos os artistas da época. Da “Radiolândia” passou a escrever para a Revista “7 dias na TV” ao lado de Roberto de Almeida Rodrigues. Foi também para a “Revista da Rádio”. À seguir foi para o jornal “Shopping News”, onde ficou por dez anos, sempre fazendo uma coluna crítica televisiva também. Trabalhou ainda na Revista “O Cruzeiro”, na TV Tupi, Na TV Bandeirantes, na TV Manchete, no jornal “A Gazeta” e no “Diário Popular”. Na verdade chegou a ter seis empregos ao mesmo tempo. Tinha muitas obrigações, pois havia se divorciado de Silas Roberg, e tinha o filho para criar. Mais tarde foi trabalhar no SESI, ao lado de Alda Marco Antonio, Secretária do Menor, e a quem Lyba muito admirava. Esse acúmulo de empregos acontecia porque, segundo ela, sempre ganhou pouco, em cada lugar, pois quase sempre foi “freelancer”. Hoje, afastada do jornalismo, Lyba Fridman está preparando um livro sobre televisão, pois ela tem quarenta anos de vida dentro de todas as emissoras, junto a todas as pessoas, e sempre analisando as mudanças havidas nesse veículo, que modificou o século, as pessoas, seus costumes, seus hábitos. Afinal, nada mais certo do que isto, já que Lyba realmente tem condições para escrever sobre a história da televisão. Espera-se que isso aconteça logo.

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