Anton Van Dick
(Artista clássico)
1599 – 1641
Anton van Dyck foi um dos retratistas de maior sucesso da história da arte. Suas imagens fascinantes da corte de Carlos I influenciaram artistas de seu tempo e determinaram o curso do retratismo inglês nos duzentos anos seguintes. Brilhante e precoce, foi muito influenciado por Rubens, que o considerava seu melhor discípulo, embora Van Dyck tenha sido mais seu ajudante que um verdadeiro aluno. Acima de tudo um autodidata, ele adquiriu fama na Itália, executando retratos da aristocracia genovesa. De volta a Antuérpia, foi ali também um artista muito requisitado: em seu estúdio, ajudantes e alunos acotovelavam-se com os clientes. Depois de designado pintor da corte de Bruxelas, para a Regente Isabel, foi feito primeiro-pintor do Rei Carlos I, da Inglaterra.”
Poucos artistas foram intimamente tão aristocráticos como Van Dyck, ou tão ambiciosos e sedentos de uma fama que, enfim, ele acabaria por merecer, retratando a nobreza.
Anton van Dyck nasceu em Antuérpia, em 22 de março de 1599; era o último filho de Frans van Dyck e de sua segunda esposa, Maria Cuypers. Seu pai era um próspero comerciante de seda e de especiarias, que começara a vida como vendedor ambulante. Aos 8 anos, Van Dyck perdeu a mãe. Sua educação artística começou na mais tenra idade: em 1609, com apenas 10 anos, já era aprendiz do célebre pintor de figuras Hendrick van Balen (que, na verdade, só lhe deixaria uma pálida impressão). Aos 14 anos pintava quadros admiráveis; aos 15, realizou um auto-retrato digno do pincel de um mestre; aos 16, já havia se instalado num estúdio próprio.
Além de excepcionalmente precoce, Van Dyck era muito ambicioso e, em 1615, deixaria Van Balen para montar seu estúdio, ainda em Antuérpia, contratando dois assistentes. Com isso, porém, ele desobedecia às normas da guilda dos pintores, pois não poderia vender suas obras antes de ser oficialmente qualificado como mestre.
Durante os primeiros anos de Van Dyck, Rubens predominava no cenário artístico de Antuérpia. Seu gênio representava um desafio para qualquer jovem pintor, e isso com certeza estimulou a busca prematura de Van Dyck pela independência e pelo reconhecimento. Teria sido ainda a exemplo de Rubens, igualmente bem-sucedido como diplomata e homem de corte, que Van Dyck se dispôs a adotar maneiras aristocráticas e a cultivar uma imagem de homem refinado. Van Dyck inspirou-se também no estilo de Rubens, assimilando-o com surpreendente facilidade.
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