Charles-Jules-Henri Nicolle
(Médico e bacteriologista francês )1866 - 1936
Médico e bacteriologista francês nascido em Rouen, que foi diretor do Instituto Pasteur, em Túnis (1903-1936), e recebeu (1928) o Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta da transmissão do tifo. Filho do médico Eugène Nicolle, estudou no Lycée Corneille de Rouen, e entrou para a escola médica local onde estudou por três anos, antes de seguir seu irmão, Maurice, para trabalhar nos hospitais de Paris. Maurice se tornaria Diretor do Instituto Bacteriológica de Constantinopla e professor no Instituto Pasteur, em Paris. Estudou com A. Gombault na Faculdade de Medicina e com Pierre E. Roux (1853-1933) no Instituto Pasteur, servindo como demonstrador no curso de microbiologa até completar sua tese Recherches sur la chancre mou, com a qual obteve seu M.D. (1893). Retornou à Rouen, passou a pesquisar em câncer, e a preparação de antissoro da difteria. Casado (1895) com Alice Avice tornou-se pai de dois filhos: Marcelle (1896) e Pierre (1898) Inicialmente foi nomeado para a Faculdade de Medicina (1896) como Diretor do Laboratório Bacteriológico e, depois (1903), indicado para dirigir o Instituto Pasteur, em Túnis, norte da África, posição que exerceu até sua morte, ocorrida naquela cidade. Sob sua direção o Instituto de Túnis se tornou um centro mundialmente famoso em pesquisa bacteriológica e produção de vacinas e soros para combate à maioria das doenças infecciosas prevalecentes.Descobriu (1909) que a febre tifo era transmitida por um tipo de piolho, ajudando a fazer uma distinção entre o tifo clássico e o tifo transmitido pela pulga de rato. Ele também fez contribuições inestimáveis sobre febre de Malta, onde apresentou uma vacina preventiva. Descobriu os meios de transmissão da febre escarlate, do sarampo, da gripe, da tuberculose, do tracoma etc. Escreveu importantes livros como Le Destin des Maladies infectieuses, La Nature, conception et morale biologiques, Responsabilités de la Médecine e La Destinée humaine. Foi sócio da Academie de Médecine e membro da Académie des Sciences, Paris, e recebeu o Prix Montyon (1909 / 1912 / 1914), o Prix Osiris (1927), a Gold Medal (1928). Foi eleito Professor do College de France (1932).
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