Charles Louis Alphonse Laveran
(Médico, parasitólogo e patologista francês )
1845 - 1922
Médico, parasitólogo e patologista francês nascido em Paris, conhecido pela descoberta da causa da malária, foi cirurgião na militar francês (1870-1896). Filho do Dr. Louis Théodore Laveran, médico e professor na École de Val-de-Grâce, e de Guénard de la Tour, foi educado no Collège Saint Baube, Paris, e no Lycée Louis-le-Grand, e entrou para a Public Health School, em Strasbourg (1863), onde cursou medicina por quatro anos, fazendo residência médica (1866) como estudante no hospital civil de Strasbourg. Defendeu uma tese sobre regeneração dos nervos (1867), esteve na guerra franco-prussiana (1870) e após a capitulação de Metz, passou a trabalhar em um hospital de Lille e, em seguida, no Hospital St. Martin, em Paris. Depois assumiu (1874) a Cadeira de Doenças e Epidemias Militares, na École de Val-de-Grâce, antes ocupada por seu pai. Fez uma especialização em Roma (1882) e tornou-se professor de Higiene Militar na École de Val-de-Grâce (1894). Foi nomeado Chefe do Bureau Médico do hospital militar de Lille e Diretor do Serviço de Saúde do 11o. do exército em Nantes (1894). Pesquisador do Instituto Pasteur (1897-1922), desenvolveu a pesquisa sobre doenças tropicais, fundou o Laboratório de Doenças Tropicais do instituto (1907). O médico francês se mudou para a Argélia (1879) com o objetivo de testar o método de diagnóstico da malária usado na época. Até então, os laboratoristas examinavam o sangue dos pacientes em busca de partículas negras que denunciavam a infecção. Não se sabia se outras doenças provocavam o mesmo efeito no organismo e ele quis tirar a prova. Mas, ao colocar o sangue de um doente pela primeira vez sob um microscópio, teve uma surpresa. Até então o teste era feito a olho nu e ele observou que ao lado dos grãos negros, surgiram microorganismos dotados de núcleos que se mexiam sem parar. Imediatamente ele imaginou que tais micróbios é que eram os causadores da doença e não as supostas bactérias, a que se atribuía a infecção na época. Quatro anos depois, na Itália, confirmou a hipótese, tornando-se o descobridor do plasmódio, protozoário que provoca a malária. Esta descoberta lhe deu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina (1907) por pesquisar e descobrir o papel dos protozoários na produção de enfermidades. Faleceu em Paris.
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