CLÓVIS GRACIANO
(Pintor)
1903-1988
Iniciou suas atividades artísticas em 1927, como pintor ambulante. Em 1930 começou a desenhar como autodidata, interessando-se pelas diferentes tendências da pintura moderna. Datam de 1934 suas primeiras pinturas a óleo e aquarela. Neste período instalou-se no edifício Santa Helena em companhia dos pintores Rebolo, Bonadei e Penacchi, entre outros, que mais tarde constituíram o grupo Santa Helena.
Começou a participar de exposições coletivas em 1937, no país e no exterior. Em 1948, conquistou o prêmio Viagem ao Estrangeiro, no Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. No ano seguinte seguiu para a Europa, só retornando em 1951. Dedicou-se durante vários anos à cenografia, trabalhando para inúmeros grupos de teatro. Executou cenários e figurinos para peças de Gil Vicente, Molière e Shakespeare. Entre 1941 e 1965 realizou inúmeras mostras individuais.
A partir de 1950 dedicou-se quase que exclusivamente à pintura mural. Executou cerca de 120 painéis inspirados em episódios da história paulista. Foi nomeado, em 1971, Diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. No mesmo período realizou ilustrações para a Loteria Federal e sua pintura começou a dar mostras de um aprofundamento e de um amadurecimento mais marcante, combinando valores plásticos e estruturais. Em "Retrato de Tarsila", homenagem a uma das pioneiras da pintura moderna brasileira, Graciano se utiliza do rosa e do azul, que Tarsila chamava de suas "cores caipiras".
Em "Camponês", Graciano transmite ao espectador forte carga de dramaticidade, não só pelo tratamento do rosto da figura, como pela composição de linhas tortuosas e pelos sombreados expressivos das cores utilizadas.
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