Vitaly Lazarevich Ginzburg
(Físico e astrofísico russo )
1916 -
Físico e astrofísico russo nascido em Moscou, que com o também russo Alexei Abrikosov e o anglo-americano Anthony Leggett, foram os ganhadores do Prêmio Nobel de Física (2003), sendo os três cientistas merecedores do prêmio por suas contribuições pioneiras para a teoria dos supercondutores e dos superfluidos, segundo informou a Academia Sueca de Ciências. Os estudos premiados dizem respeito à física quântica e têm aplicações no domínio da imagem magnética utilizada para a exploração médica e, em física, para os aceleradores de partículas. Nome respeitado da física quântica, ele e Abrikosov fizeram pesquisas que permitiram compreender os materiais supercondutores, que têm a propriedade de, a baixas temperaturas, abaixo dos 150°C negativos, deixar passar corrente elétrica sem perder energia, apesar de potentes campos magnéticos. Aos 87 anos, o mais velho dos três ganhadores do Nobel de Física (2003) e, embora cidadão russo, ele reivindica sua condição de ex-soviético. Concluiu o doutorado na Universidade de Moscou (1940), centro da pesquisa científica soviética e russa há meio século. Manteve-se vinculado, entre outros projetos, à elaboração da arma atômica soviética. Membro da Academia de Ciências da Rússia também é membro estrangeiro da London Royal Society (1987) e da American Academy of Sciences (1981), entre outras. Foi condecorado com a Ordem de Lênin, e entre muitas outras premiações citam-se os prêmios Mandelstam (1947), Estatal (1953), Lomonosov (1962) e o Lenin (1966), além da medalha de ouro Vavilov (1995) e a grande medalha de ouro Lomonosov da Academia de Ciências da Rússia (1995). Também ganhou a Smolukhovsky Medal da Polish Physical Society (1987), a Gold Medal da London Royal Astronomical Society (1991), o Bardeen Prize (1991), oWolf Prize (1994/1995) e a UNESCO Niels Bohr Gold Medal (1998). O cientista dirigiu o grupo de teoria do Instituto P.N. Lebedev, de Moscou. Ainda trabalhando no Instituto de Física P.N. Lebedev Physical de Moscou, Rússia, criou os alicerces para a pesquisa de Abrikosov, trabalhando na explicação teórica dos supercondutores de tipo I. Também pesquisou com propagação das ondas de radio e em raios cósmicos. Em entrevista declarou-se muito satisfeito por receber a recompensa, mas demonstrou modéstia ao assinalar que os três vencedores deste ano foram escolhidos entre um grande número de pessoas que trabalham no mesmo domínio. Os supercondutores são utilizados ainda nos aceleradores de partículas, na física, e na obtenção de imagens de ressonância magnética para exames médicos. Estas últimas valeram o Nobel de Medicina (2003) para o americano Paul Lauterbur e ao britânico Peter Mansfield. A formulação da teoria sobre os supercondutores, que remonta meados do século passado, foi premiada com o Nobel de Física (1972), mas as mesmas foram reatualizadas em função do desenvolvimento rápido de materiais de propriedades novas, destacou a Real Academia de Ciências da Suécia, que concede o prêmio. Os três co-ganhadores do Nobel de Física nunca trabalharam juntos e dividirão o valor do prêmio igualmente, cerca de US$ 1 milhão. Antes o russo Zhores Alferov ganhou o prêmio (2000) por pesquisas com semicondutores.
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