Melanie [née Reizes] Klein
(Psicanalista austríaca )
1882 - 1960
Psicanalista austríaca nascida em Viena, cujos estudos sobre o comportamento lúdico infantil tornaram possível a psicanálise de crianças de até dois anos de idade. Filha do médico judeu polonês, originário de Lemberg, na Galícia, Moritz Reizes, e da judia eslovaca Libussa Reizes, foi a quarta entre os filhos do casal e perdeu o pai aos 18 anos e seu irmão mais querido, Emmanuel, aos 20. Estudou medicina, arte e história na Universidade de Viena, até os 21 anos quando abandonou temporariamente os estudos para se casar (1903) com Arthur Klein, engenheiro químico que ela conhecera dois anos antes, que por força de suas atividades profissionais era obrigado a muitos deslocamentos o que possibilitou a ela aprender muitas línguas estrangeiras. Midou o sobrenome Reizes por Klein e por insistência dela o casal passou a morar em Budapeste (1910), onde sua mãe morreu (1914), mesmo ano em que nasceu seu terceiro filho, Erich Klein, o futuro Eric Clyne. Também foi neste ano quem ela começou a ler Sigmund Freud e deu início às seus primeiros estudos sobre análises, quando foi aluna do psicanalista Sándor Ferenczi, que a incentivou a se dedicar à psicanálise de crianças. Logo começou a participar das atividades da Sociedade Psicanalítica de Budapeste e conheceu Freud por ocasião do V Congresso da International Psychoanalytical Association, a IPA, que se realizou em Budapeste (1918). apresentou seu primeiro trabalho nessa área, Internationale Zeitschrift für Psychoanalyse (1919), à Sociedade Psicanalítica de Budapeste, com o qual se tornaria membro (1919), dedicado à análise de uma criança de cinco anos, que na realidade era o seu próprio filho Erich. Mudou-se para Berlim (1921) onde passou a estudar com K.Abraham. Com a morte do professor Abraham (1925) e o fracasso do casamento e três filhos, divorciou-se (1926) e seguida foi para Londres, onde estudou com S. Payne (1926), sempre trabalhando em seu método psicanalítico. O resultado desta sua etapa de pesquisa foi publicado no livro The Psychoanalysis of Children (1932). Convicta de que o brinquedo é um caminho simbólico para aliviar a ansiedade, dedicou-se a observar a conduta infantil durante as brincadeiras, e demonstrou que, ao brincar, a criança desvenda as fantasias de sua vida inconsciente. Trabalhou até o final da vida e publicou entre outros, mais dois grandes livros seus foram Developments in Psychoanalysis (1952) e Narrative of a Child Analysis (1961), e morreu de câncer do cólon, em Londres.
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