Mikhail Vasilyevich Lomonosov
(Escritor, físico, químico e astrônomo russo )
1711 - 1765
Escritor, físico, químico e astrônomo russo nascido em Denisovka, hoje Lomonosov, uma aldeia de pescadores na baía de Michaninskaia, na província de Arkhangelsk, notabilizado por importantes contribuições na literatura e na ciências naturais. Filho de pescador, conseguiu com muitas dificuldades estudar e graduar-se na Universidade da Academia Imperial de Ciências, em São Petersburgo, e completou sua formação universitária na Alemanha, nas universidades de Marburg e Freiberg. Retornando a São Petersburgo foi nomeado professor de química da Academia de Ciências de São Petersburgo (1745) e com a missão de construir um laboratório de pesquisas, inaugurado quatro anos mais tarde (1749), onde criou os primeiros mosaicos de vidro colorido obtidos no país. Com o cacife de ter reorganizado a Academia de Ciências de São Petersburgo e devido ao seu declarado interesse no futuro da educação na Rússia, foi, então, encarregado pela imperatriz Isabel I de reorganizar a educação na Rússia, além de planejar e implantar a Universidade de Moscou. Após a inauguração da Universidade de Moscou (1755), passou freqüentemente a ser conhecido como o fundador da ciência russa, na qual foi um inovador em muitos campos. Inicialmente dedicado à física e à química, onde estudou a constituição da matéria, a natureza do ar e o calor, interessou-se mais tarde pela biologia. Rejeitou a teoria do flogístico, comumente aceita em seu tempo, e antecipou a teoria cinética dos gases. Considerou o calor como uma forma de movimento, sugeriu a teoria ondulatória da luz e afirmou a idéia da conservação da matéria. Foi o primeiro cientista a estudar o congelamento do mercúrio e a observar a atmosfera de Vênus. Publicou, entre outros livros, Elementii matematitcheskoi khimie (1741), Kratkoe rukovodstvo k ritorike (1748), um pequeno manual de retórica, Slovo o poltze khimii (1751), Rossiskaia grammatika (1755), uma gramática reformadora da língua russa, Guimn borode (1757), um poema humorístico, e Derevnaia rossiskaia istoriia (1760), a primeira história da Rússia, mas de publicação póstuma (1766). Destacou-se, também, como compositor, poeta, escritor, a arte de vitrais, etc, e estudou também o ressurgimento dos mosaicos na Rússia. Compôs em vários gêneros poéticos como poemas sacros, églogas, poesias horacianas e anacreônticas, sátiras, fábulas, epigramas e tragédias e odes sobre eventos contemporâneos e de exaltação a vultos históricos. Teve seu nome dado à cidade de Oranienbaum (1948), fundada no ano de seu nascimento. Morreu em São Petersburgo (1765) e suas obras completas foram publicadas em Polnoye sobraniye sochineny (1950-1983).
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