Mary Wollstonecraft [Godwin]
(Escritora e pedagoga britânica )1759 - 1797
Escritora e pedagoga britânica nascida em Hoxton, hoje subúrbio de Londres, precursora dos movimentos feministas da história moderna. Filha de pai inglês e mãe irlandesa, teve educação rigorosa e opressora, com dezenove anos, abandonou o lar paterno para viver com um rico negociante viúvo de Bath, Inglaterra. Depois de dois anos, voltou para casa, para cuidar da sua mãe doente que vivia seus últimos dias em completa dependência. Depois passou a viver independentemente, exercendo seus talentos como tradutora, educadora e jornalista, escreveu mais de 30 obras e inúmeros artigos, quase na sua totalidade, sobre a condição feminina na sociedade, causando furor com as suas reivindicações de igualdade de direitos para homens e mulheres. Contagiada pelo agitado ambiente que encontrou em Paris, quando lá esteve (1792), tornou-se uma entusiasta das conquistas igualitárias e fraternas pregadas pela Revolução Francesa (1789). Porém logo percebeu que as mulheres, ativíssimas nos tumultos que culminaram na queda a monarquia absolutista de Luís XVI, estavam longe de serem contempladas pelos tão proclamados direitos de cidadania. Então elaborou um documento que foi chamado de primeira carta do feminismo moderno: Vindication of the Rights of Woman (1792). Viveu em um século em que as mulheres que sabiam ler e escrever eram exceções e tornou-se musa dos posteriores movimentos sufragistas norte-americanos. Grávida de seu marido, William Godwin, um filósofo radical e de idéias radicais, amigo do panfletista Thomas Paine e do poeta William Black, morreu em Londres com apenas 38 anos de idade, exatamente 11 dias depois de dar à luz a uma filha, que se tornaria muito mais famosa do que ela, também como escritora londrina, Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), a autora de Frankstein (1817), casada um ano antes com o poeta Percy Bysshe Shelley, depois do suicídio de sua primeira esposa.
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