Miguel do Sacramento Lopes Gama
(Político e professor pernambucano )
1791 - 1852
Político e professor pernambucano nascido em Recife, Estado de Pernambuco, um dos primeiros jornalistas a escrever contra a escravidão no Brasil e admirado como um desses mestres de bom-senso e de amor à tradição. Filho de um médico, João Lopes Cardoso Machado, formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, e de D. Ana Bernarda do Sacramento Lopes Gama, foi estudar para frade beneditino. Concluiu o noviciado na Bahia e lá recebeu ordens sacras (1815) e logo começou a ensinar. Voltando a Pernambuco foi designado para ensinar Retórica no Seminário em Olinda (1817) e depois no Colégio das Artes e foi o primeiro diretor do Liceu Provincial. Dirigiu o Diário da Junta do Governo (1823) e o Diário do Governo de Pernambuco (1824-1825). (1832-1847) com periodicidade irregular. Jubilado mais de vinte anos depois (1838), pediu e obteve a ordem para tornar-se padre secular, para poder sustentar a família. Foi então nomeado professor de Eloqüência Nacional e Literatura no Liceu do Recife e no Almanaque Civil e Eclesiástico e depois tornou-se diretor do Curso Jurídico de Olinda. Na política foi duas vezes deputado, uma por Pernambuco (1840), e outra por Alagoas (1846), períodos em que foi ao Rio de Janeiro várias vezes como deputado e na Marmota Fluminense escreveu umas cartas de crítica de costumes. Em defesa de D. Pedro I, publicou os jornais O Constitucional e O Popular, mas ganhou fama no jornalismo principalmente por seu trabalho em O Carapuceiro, um jornal de crítica de costumes brasileiros publicado em Pernambuco, que foi, quanto a técnica, uma espécie de avô brasileiro d’As Farpas, com menos ciência, é certo, mas com igual humor e igual violência na crítica e na caricatura. Assim hoje é conhecido como o Padre Carapuceiro, como jornalista, mas não conhecido como sua memória merece. Foi duas vezes diretor dos cursos jurídicos de Olinda e Recife, e reuniu suas aulas no livro Lições de eloqüência nacional (1846). Morreu em Recife.
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