Miguel [Constantino] Psellus
(Filósofo, historiador e matemático )1018 - 1080
Filósofo, historiador e matemático nascido em Nicomédia, comentador da obra de Nicômano e autor de livros de grande popularidade na Europa, no século dezesseis. Cresceu como uma criança sumamente alerta, inteligente e foi educado na tradicional escola grega de Homer, Atenas. Sua mãe conseguiu sustentar sua educação até sua adolescências, mas a necessidade de um dote para a irmã, não teve mais condições de sustentá-lo. Trabalhou para um juiz provinciano, mas com a morte inesperada da irmã, voltou à Constantinopla e continuou seus estudos. Foi aluno de John Mauropous, depois Arcebispo de Euchaita e tutor privado em Constantinopla. Neste período trocou o nome de Constantino por Miguel. Com João Xifilinos, depois patriarca João VIII (1064-1075), praticou leis, ganhou prestígio e foi nomeado juiz em Filadélfia, até se tornar secretário do Imperador Michael V (1041-1042). Sabe-se que iniciou sua atividade como historiador ao receber em Bizâncio (1041) uma grande quantidade de documentos pertencentes aos sabinos, de um portador desconhecido, mas que o fez tentando preservar uma parte da cultura dos sabinos da intolerância religiosa da época. Além de historiador era um estudioso de filosofia e ocultismo, juntou o material recebido num volume denominado Corpore Hermeticum. Mas haviam outros documentos, inclusive uma cópia do Al Azif, ou Necronomicon, que ele prontamente traduziu para o grego ajudado pelo viking Ulf Ospaksson. Segundo consta, foi durante a confusão de uma pilhagem que Ulf apoderou-se de vários manuscritos do historiador, traduzidos para o grego e os levou para a Noruega. Felizmente, o historiador ainda pôde salvar uma versão do Al Azif original, caso contrário, o Necronomicon teria sido perdido para sempre. Autor da historia dos imperadores bizantinos, Chronographia (1025-1071), foi um favorito de Constantino IX (1042-1055), a quem ensinou retórica, teve como seu seguidor mais conhecido o Imperador Miguel VII, sendo seu ministro-chefe. Esteve envolvido na trama (1071) que resultou na prisão do imperador Romanus IV Diogenes, após sua derrota em Manzikert (1072). Foi substituído por João Ítalos, heresiarca grego, como hypatos ou filósofo em chefe de Bizâncio (1077). Morreu em Bizâncio e, embora um eminente erudito grego do século XI, tinha uma noção tão precária da literatura latina que confundia César com Cícero. Isto porque em sua época não se inspiravam mais na mesma fonte nem liam os mesmos livros e, assim, o oriente grego e o ocidente romano se distanciavam cada vez mais. Outros escritos famosos seus foram entre tantos, além de Chronographia, Bysantinska porträtt, Historia syntomos, recensuit, Anglice vertit et commentario instruxit, Peri paradoxon akousmaton, Michaelis Pselli Orationes hagiographicae, Michaelis Pselli Scripta Minora, Orazione in memoria di Costantino Lichudi, In Mariam Sclerenam, Eloge inedit du lecteur Jean Kroustoulas par Michel Psellos, To monacho kyr Ioanne kai gegonoti Patriarche to Xiphilino, Pros ton Patriarchen kyr Michael ton Keroularion, Pselli, doctiss. uiri, Perspicuus liber de quatuor mathematicis scientijs, Psellou ton peri Arithmetikes synopsis .
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