Lúcio Cornélio Sila
(General e ditador romano )138 - 78 a. C.
General e ditador romano nascido em Roma, em cujo governo instituiu reformas que constituíram os princípios tradicionais e inspiraram a formação da república romana. Iniciou a carreira política (107 a. C.), como questor militar e logo demonstrou grande talento militar quando, sob as ordens do cônsul Caio Mário, conseguiu capturar o rei númida Yugurta. Vitórias posteriores lhe valeram o apoio da aristocracia e o acesso a um consulado (88 a. C.). Encarregado de chefiar a campanha contra Mitridates VI, rei do Ponto, depois reagiu a destituição do cargo de cônsul e entrou em Roma comandando seu exército, dando início a uma guerra civil, que durou até a fuga de Mário. Passou a governar sob o domínio do terror. Decapitar no circo, em presença do Senado, quatro mil adversários e publicou as famosas tábuas da proscrição, com os nomes dos partidários de Mário que deviam ser mortos ou despojados de seus bens, e premiou a delação. Concentrou-se em seguida na luta contra Mitridates e em apenas quatro anos recuperou todos os territórios da Ásia e pacificou a Grécia. Durante sua ausência, os partidários de Mário, apossaram-se novamente de Roma. Novamente deposto, mas apoiado por suas legiões, entrou pela segunda vez em Roma (82 a. C.), onde impôs nova e violenta repressão. O Senado aceitou proclamá-lo ditador e lhe outorgou todos os poderes legislativos, judiciais e militares, concedidos, pela primeira vez na história de Roma, sem prazo determinado. Desenvolveu, então, um amplo programa de reformas constitucionais e jurídicas empreendido, entre elas a ampliação do Senado, o esvaziamento das atribuições do tribunal do povo e a promulgação de leis severas contra a traição, tendo como objetivos fundamentais restabelecer a autoridade senatorial e garantir a ordem institucional. Paralelamente, adotou importantes medidas sociais e econômicas, para obter o apoio popular. Seu autoritarismo, no entanto, o levou a confrontar-se tanto com o povo quanto com o Senado. Finalmente abandonou o cargo e retirou-se da vida pública (79 a. C.), indo morar em Puteoli, depois Pozzuoli, onde morreu, dedicando-se à redação de suas Memórias.
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