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Lúcio Aneu Sêneca [ou Lucius Anneus Seneca]

(Filósofo estóico, estadista, escritor,)
4 a. C. - 65 d. C


Filósofo estóico, estadista, escritor, dramaturgo trágico e poeta romano, nascido em Córdoba, na Espanha, conhecido como Sêneca o Jovem, cuja obra literária e filosófica tornou-se modelo no Renascimento e inspirou o desenvolvimento da tragédia na Europa. De origem ilustre, filho de Lúcio Aneu Sêneca o Velho, célebre orador, foi enviado a Roma para estudar oratória e filosofia (16-19). Com problemas de saúde viajou para o Egito, onde ficou até se curar (31) quando regressou a Roma. Iniciou então a carreira como orador e advogado, participando ativamente da vida política e logo chegou ao Senado. Embora exercesse altas funções na corte, fez oposição a Calígula e a Cláudio, e envolvido em um processo por causa de uma ligação com Júlia Livila, sobrinha do imperador Cláudio, foi exilado na Córsega (41-49). No exílio dedicou-se aos estudos e redigiu vários de seus principais tratados filosóficos, entre eles Consolationes, em que expôs os ideais estóicos clássicos de renúncia aos bens materiais e busca da tranqüilidade da alma mediante o conhecimento e a contemplação. Perdoado por interferência de Agripina sobrinha do imperador, voltou para Roma (49) e foi nomeado pretor (50) e preceptor do jovem Nero. Com a morte de Cláudio (54) escreveu a obra-prima das sátiras romanas, Apocolocyntosis divi Claudii, contra o ex-imperador. Com Nero, filho de Agripina, nomeado imperador, tornou-se seu principal conselheiro e orientador político e, nos primeiros anos de governo, exerceu influência benéfica. Com o avanço dos delírios de Nero e a execução de Agripina (59), passou a ser avaliado com atitudes incompatíveis com as concepções estóicas. Estas circunstâncias fizeram com que o escritor se retirasse da vida pública (62), passando a se dedicar exclusivamente a escrever e defender sua filosofia. Acusado de participar da Conjuração de Pisão (65), foi condenado por Nero ao suicídio, que cometeu em Roma, no mesmo ano. Muitas de suas obras chegaram até hoje, como a coletânea Dialogorum libri, Naturalis quaestiones (oito livros), Epístolas a Lucílio (vinte livros) e algumas peças-tragédias como Hercules Furens, Medea, Hagamemnon, entre outras. Como filósofo é considerado o principal representante romano do estoicismo.

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