Bruno Giorgi
(Escultor brasileiro )
1905 - 1993
Escultor brasileiro nascido em Mococa, Estado de São Paulo, autor da obra em bronze Os Guerreiros (1959), também conhecida como Os Candangos, na Praça Três Poderes, uma homenagem aos operários que trabalharam na construção de Brasília, uma escultura com 8 metros de altura considerada um dos símbolos da cidade. Aos seis anos foi para a Itália com a família, quando seus pais decidiram regressar para sua terra natal, e em Roma começou a estudar desenho e escultura, na a década seguinte. Integrou os movimentos antifascistas e por isso foi preso (1931) e condenado a uma pena de sete anos de reclusão, em Nápoles. Por causa de sua nacionalidade brasileira e por intervenção do embaixador brasileiro na Itália, foi libertado e expulso daquele país, pós ater cumprido quatro anos da pena. Ao se iniciar a Guerra Civil Espanhola, decidiu se alistar para lutar ao lado dos republicanos, mas logo decidiu montar um atelier em Paris (1937), que na verdade, funcionava como um centro de articulação de atividades de exilados italianos e da resistência antifascista na Europa. Durante este período conviveu com nomes como Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau, e freqüentou as academias La Grande Chaumière e Ranson onde conheceu, nesta última, Aristide Maillol, que passou a orientá-lo. Com a iminência da II Guerra Mundial (1939), resolveu voltar para o Brasil. Em São Paulo, trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da Família Artística Paulista. A convite do ministro Gustavo Capanema, foi trabalhar para o Rio de Janeiro (1943) e instalou seu ateliê na Praia Vermelha, onde dava aulas, entre outros, para Francisco Stockinger. Começou a ganhar fama quando criou o Monumento à Juventude Brasileira (1947), nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro. Em Brasília, dos monumentos de sua autoria, além dos acima citados, destaca-se o Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, localizado no espelho d’água em frente ao Palácio do Itamaraty. Uma de suas obras em bronze, Herma de Tiradentes (1986), se encontra à esquerda da rampa de acesso ao Panteão da Pátria Tancredo Neves, uma justa homenagem a Tiradentes, herói nacional por sua participação no movimento da Inconfidência Mineira como líder e mártir e Patrono Cívico da Nação Brasileira. Uma dos seus últimos trabalhos foi o monumento Integração (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo, e morreu no Rio de Janeiro.
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