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Dina Kutner, a Dina Sfat

(Atriz televisiva )
1938 - 1989


Atriz televisiva e de teatro brasileira nascida em São Paulo, Estado de São Paulo, de posições feministas e grande destaque, com trabalhos em teatro, cinema e televisão depois dos seus 20 anos. O sobrenome artístico, adotado logo no início da carreira, foi inspirado numa cidade homônima da Polônia, onde a família da atriz vivia antes de mudar-se para o Brasil. Passou a infância num bairro da zona oeste da capital paulista, o alto da Lapa. Trabalhando como secretária do Centro Acadêmico Horácio Lane, da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, aproximou-se do grupo teatral formado pelos universitários. Estreou na peça Os fuzis da senhora Carrar (1961), de Bertolt Brecht, no Festival Nacional de Estudantes de Porto Alegre. No Festival Estadual de Estudantes, em Campinas, com Aquele que diz sim, aquele que diz não, conquistou o prêmio de melhor atriz. Profissionalizou-se pouco tempo depois de sua estréia. Estreou no Teatro de Arena de São Paulo (1963), sob a direção de Augusto Boal, Flávio Rangel e Paulo José, com quem casou-se (1964) com o ator Paulo José, e com quem teve três filhas, Isabel, a Bel Kutner, que também é atriz, Ana e Clara. Estreou na televisão, na antiga TV Tupi, com a novela Ciúme (1966) e atuou ainda em novelas na TV Record e na TV Excelsior, e em diversos filmes, recebendo prêmios nacionais e internacionais. Na Globo, destacou-se em papéis de enorme carga dramática em telenovelas de autoria de Janete Clair, tais como Selva de Pedra (1972), Fogo sobre Terra (1974), O Astro (1978) e Bebê a Bordo (1988), sua última telenovela. Seu primeiro filme foi Três histórias de amor (1966) e seu último trabalho foi o filme O Judeu (1988), lançado postumamente, doze anos depois. Defendeu a liberdade de expressão durante o regime militar, quando estava no auge de seu sucesso na televisão. Participou também da luta das mulheres por uma cidadania plena, e sua maior contribuição neste sentido foi posar para a capa da Revista Isto É com um cartaz defendendo a descriminalização do aborto. Seu casamento com o ator e diretor, terminou (1981) e vítima de câncer de mama, enfrentou a doença e continuou a trabalhar até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro. Publicou um livro autobiográfico Palmas Pra Que Te Quero (1988), onde falava de sua vida com transparência, desde a infância, a adolescência, o primeiro namorado, até as contrariedades da família com sua opção pela carreira artística, e até sobre o câncer, manifestado, a princípio, no seio.

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