Christopher Marlowe
(Dramaturgo, poeta e tradutor renascentista )
1564 - 1593
Dramaturgo, poeta e tradutor renascentista inglês nascido em Canterbury, que viveu no período elizabetano e que se tornou um expoente de uma geração que alinhavou os contornos existenciais de um modelo de homem que persiste até os nossos dias. Filho de um sapateiro, primogênito de cinco irmãos, logo revelou um talento precoce no domínio do latim e da gramática. Por causa de sua evidente genialidade foi apadrinhado pela igreja local, que subsidiou seus estudos e o indicou à aristocrática universidade de Cambridge. Aos 19 anos, já era bastante conhecido por sua vida repleta de aventuras, conflitos e poesia, e já havia escrito e traduzido várias peças e poemas. Foi o maior renovador formal do teatro do período com a introdução dos versos brancos, e uma influência forte sobre as primeiras obras do dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare (1564-1616), de quem foi amigo. Trabalhou como agente secreto para Francis Walsingham (1530-1590), criador da primeira rede de informações relativamente organizada foi montada durante o século XVI, durante o reinado de Elizabeth I (1533-1603) da Inglaterra (1558-1603). O responsável pela rede de agentes recrutou contatos dentro e fora da Inglaterra, incluindo estadistas, diplomatas e artistas, entretanto foi uma iniciativa pessoal mais do que um órgão oficial. O primeiro serviço de inteligência institucional foi criado durante o reinado de Luís XIV (1638-1715), o Grande Rei Sol, da França (1643-1715). Apesar de sua reconhecida vaidade e popularidade, levou uma vida atribulada e teve uma morte misteriosa, aos 29 anos. Por exemplo, foi preso (1589), juntamente com o poeta Thomas Watson, sob a acusação de matar a Willian Bradley em duelo, motivado pelos boatos de que ele e Watson mantinham relacionamento homossexual. Segundo alguns documentos foi morto com uma facada no olho desferida por uma falsário, um tal de Ingram Frizer, durante uma briga em um prostíbulo de propriedade de uma viúva chamada Eleanor Bull, em Deptford, uma pequena vila portuária nas margens do Tâmisa, a poucos quilômetros de Londres, se bem que não se tenha a certeza do que realmente isso aconteceu. Os primeiros registros escritos que fazem alusão ao fato de que ele teria sido assassinado, surgiram apenas cinco anos depois do ocorrido, e são bastante imprecisos. Há também uma versão que teria morrido infectado pela peste que se abatia naquele ano (1593) sobre toda a Inglaterra. Peças de teatro de sua autoria: Dido, Queen Of Carthage, Tamburlaine: Parts One e Two, The Jew of Malta, Edward the Second, Doctor Faustus, entre outras.
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