Flavia Jvlia Helena, a Santa Helena
(Santa da igreja Católica )
247 - 328
Santa da igreja Católica e importante mulher na história do Império Romano e da propagação do Cristianismo nascida em Bitínia, primeira esposa do imperador Constâncio Cloro e mãe do grande imperador Constantino I, venerada por seus feitos após sua conversão, feitos estes que fizeram com que o cristianismo fosse adotado como religião oficial no Império Romano (324) e a cruz se tornasse o símbolo da Cristandade. Trabalhou como criada de taverna antes de se casar com Constâncio quando este ainda não havia sido indicado caesar, e deu-lhe um filho, Constantinus, antes de se separarem para que ele se casasse com a nobre Theodora. 35 anos depois, quando Constantino I assumiu o trono da Bretanha (306), ela seguiu seus passos. Quando Constantino iniciou uma guerra civil (313) contra Maxêncio (ou Magêncio) na disputa do trono romano, ele e sua mãe ainda eram pagãos, embora não apoiasse à perseguição aos cristãos. As forças do adversário eram maiores, mas Constantino teve uma visão em que apareceu no céu uma cruz luminosa com a inscrição Com este sinal vencerás. Ele mandou pintar bandeiras com o sinal e venceu a batalha. Convertidos ao cristianismo, foi decretada a suspensão imediata de qualquer perseguição aos cristãos, pelo famoso decreto de Milão (313). O Concílio de Ancyra (314) condenou o culto a deusa Artemis e mediante um edito do ano seguinte templos pagãos foram destruídos por multidões de cristãos e seus sacerdotes freqüentemente assassinados. Ela passou a levar uma vida edificante e operosa, usando o poder e a posição dedicada ao trabalho cristão. Seu filho a admirava e a tinha sempre a seu lado, inclusive mandando cunhar medalhas com sua efígie e deu-lhe o título honorífico de Augusta. Enquanto mandava destruir os templos pagãos e construir muitas igrejas em Roma e por todo o império, viveu ao lado de seu filho em Treves, Roma e em Bizâncio e o levou a venerar os Lugares Santos. Finalmente (324) o imperador Constantino declarou o Cristianismo como a única religião oficial do Império Romano. Seguindo suas instruções (325-326) o imperador mandou destruir o templo do deus Asclépio e vários outros como o da deusa Afrodite em Jerusalém e Afaka no Líbano, além outros tantos em Mambre, Fenícia, Baalbek, Dídima, Athos etc. Suspeita na morte de sua nora Fausta (325), deixou Roma para fazer uma peregrinação à Terra Santa (325-326). Zelosa seguidora do cristianismo, chegou em Jerusalém (326) próxima dos oitenta anos de idade. Durante sua estada, fundou igrejas sobre alguns supostos lugares relevantes da vida de Jesus. Supervisionou a construção, às custas do império, de magníficas igrejas em Jerusalém e Belém, inclusive as igrejas da Natividade e do Santo Sepulcro e a Basílica da Ascensão de Jesus no Monte das Oliveiras. Na Palestina, ela vivia em um mosteiro e mandou construir outros para monges e freiras. Depois ela foi ali consagrada numa basílica (335) da qual só restam apenas ruínas. Esta e outras construções grandiosas de sua ordem, fizeram da Terra Santa um importante centro de peregrinações cristãs. Lembrar que atual igreja do Santo Sepulcro data do Século XII. Segundo a tradição, foi ela quem descobriu a gruta em que Jesus foi sepultado e lá também teria descoberto a santa peça da crucificação, no dia 3 de maio (326) e, por isso se celebra neste dia a festa da Descoberta da Santa Cruz. Ela enviou para Constantino pedaços da Verdadeira Cruz e seus cravos, como amuleto para sua proteção. Constantino encerrou um fragmento da cruz numa estátua de si mesmo e serviu-se dos cravos para fazer um elmo. Outros fragmentos da cruz tinham sido enviados a igrejas de todo o mundo romano (350). Voltando à Roma (326) foi morar nos aposentos da basílica da Santa Cruz e ali morreu dois anos depois com a idade de oitenta anos. Foi enterrada por ordem do filho, o Imperador Constantino, em um mausoléu ao lado da Basílica de São Pedro e São Marcelino, na Via Labicana. Santificada tornou-se uma santa muito venerada no Ocidente e sua festa é comemorada em 18 de agosto.
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