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Zé do Caixão

(Diretor, produtor, roteirista e ator brasileiro)
13-3-1936, São Paulo (SP)



Um dos grandes diretores de cinema do Brasil, José Mojica Marins foi o único cineasta a produzir filmes de horror no país. Com um estilo rude de filmar baseado na improvisação, na falta de recursos técnicos, em histórias extremamente objetivas e no uso do português incorreto, Zé do Caixão, como veio a ser conhecido, conta com cerca de 30 filmes, alguns de aventura, comédia e até pornochanchada. Atraído pelo cinema e teatro desde cedo, aos 17 anos, fundou com ajiuda de amigos, o estúdio Companhia Cinematográfica Atlas, depois Companhia Cinematográfica Apolo, no bairro do Brás, onde dava aula de cinema e fazia testes, utilizando animais, como aranha e ratos, vivos em cenas de terror. Após alguns filmes amadores realizados em 16 mm mudos e um 35 mm sonoro inacabado (Sentença de Deus), fez seu primeiro longa metragem: A Sina de Aventureiro (1957), um faroeste em cinemascope. A seguir veio Meu Destino em Suas Mãos (1961). Encarnando o personagem Zé do Caixão, uma mistura de Exu e bruxo, de justiceiro e psicopata, que usa barba negra, unhas enormes, capa preta e cartola, realizou, como diretor e ator, o filme À Meia-noite Levarei tua Alma (1963). Algumas das obras que se seguiram são: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1966), O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968) e O Despertar da Besta (1968), considerado seu melhor trabalho. Nos anos 70, teve seus filmes censurados. Na década de 80, caído no esquecimento, entrou para a pornochanchada, realizando 24 Horas de Sexo Ardente (1984), 48 Horas de Sexo Ardente (1986) e Dr. Frank na Clínica das Taras (1987). Descoberto pela crítica internacional, foi elogiado nas páginas das revistas norte-americanas Cult Movies e Billboard e da francesa Cahiers du Cinema.

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